Economia

CPFL: negócios não regulados podem ser 5% do faturamento

A CPFL Energia quer ampliar sua atuação em negócios não regulados, como contratos de eficiência energética, comercialização e geração distribuída


	CPFL: "para uma companhia de R$ 20 bilhões, significa chegar em R$ 1 bilhão", afirmou o presidente do grupo
 (Divulgação)

CPFL: "para uma companhia de R$ 20 bilhões, significa chegar em R$ 1 bilhão", afirmou o presidente do grupo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 19h39.

Campinas - A CPFL Energia quer ampliar sua atuação em negócios não regulados, como contratos de eficiência energética, comercialização e geração distribuída, e estima que tais atividades têm potencial para responder por 5% do faturamento do grupo em até cinco anos.

"Para uma companhia de R$ 20 bilhões, significa chegar em R$ 1 bilhão", afirmou o presidente do grupo, Wilson Ferreira Jr.

O mais recente foco da companhia no segmento não regulado é a geração distribuída, com destaque para projetos solares.

O modelo de negócio proposto prevê que a empresa cuide desde a concepção da usina e execução das obras até a operação e manutenção, num serviço complementar a outros já oferecidos pelo grupo, como soluções de eficiência energética.

Hoje a CPFL inaugurou seu primeiro projeto do tipo, uma usina solar na unidade da Algar Tech de Campinas (SP), num empreendimento em parceria com a Alsol Energias Renováveis. "Este é o primeiro projeto de parceria, que viabiliza a entrada da companhia na Geração Distribuída", disse a vice-presidente de Operações de Mercado da CPFL, Karin Luchesi.

Segundo ela, a CPFL possui vários projetos semelhantes em análise e em estudo. "Dependendo da evolução das negociações, podemos sim (ter mais projetos neste ano)", afirmou, comentando que o projeto da Algar Tech demorou cerca de três meses para ser implantado.

Conforme explicou, na Algar Tech, o projeto solar partiu de uma consultoria de eficiência energética feita pela divisão da CPFL que realiza esses serviços, a CPFL Eficiência.

A solução proposta para a empresa incluiu, além da substituição de lâmpadas convencionais por lâmpadas de LED nos escritórios da empresa no País e a substituição de gás em aparelhos de ar condicionado por um tipo mais econômico, na migração da empresa para o mercado livre de energia e na instalação de sistemas de geração de energia solar nas unidades da Algar Tech em Campinas e em Uberlândia (MG), que, juntos, têm cerca de 900 quilowatts-pico (KWp) de potência e devem gerar 1.360 MWh por ano.

A estimativa é que o projeto total resulte em uma economia de R$ 1 milhão por ano para a Algar Tech. Essa economia será compartilhada temporariamente com a CPFL, que assumiu todo o custo do projeto, de aproximadamente R$ 6 milhões, e será remunerada ao longo dos próximos 10 anos.

Karin destacou que o mercado de geração solar distribuída tem grande potencial de crescimento. "A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) diz que existem 50 MW instalados de energia solar, com um potencial de 118 mil MW", afirmou.

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