Economia

Corte de gastos: Lula conversa hoje com ministro da Defesa e Fazenda recebe comandantes militares

Auxiliares de Lula dizem que alterações em regras de previdência da categoria serão apenas simbólicas

O presidente Lula (centro); o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (à dir.); e o comandante do Exército, general Tomas Paiva (à esq.), participam da celebração do Dia do Exército, em Brasília, em 19 de abril de 2023 (AFP/AFP)

O presidente Lula (centro); o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (à dir.); e o comandante do Exército, general Tomas Paiva (à esq.), participam da celebração do Dia do Exército, em Brasília, em 19 de abril de 2023 (AFP/AFP)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 06h29.

Última atualização em 13 de novembro de 2024 às 06h31.

O corte de gastos em estruturação pelo governo vai ser alvo de pelo menos duas reuniões nesta quarta-feira. Os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira vão se reunir, às 9h, com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para discutir a inclusão dos militares no pacote. À tarde, o presidente Lula recebe o ministro da Defesa, José Múcio, para discutir a contribuição dos militares no pacote.

A expectativa é que nessa conversa sejam apresentados os detalhes das alterações na previdência da categoria com o objetivo de reduzir as despesas. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem, porém, que a cota da categoria no ajuste será apenas simbólica.

Um oficial de comando de uma das Forças disse que até esta terça-feira nenhum detalhe do plano da equipe econômica tinha sido repassado.

Devem participar da reunião o general Tomás Paiva, comandante do Exército; o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica; e o almirante Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha. Não está confirmada a presença do ministro da Defesa, José Múcio.

A cúpula das Forças Armadas sinalizou a integrantes do alto escalão do governo disposição para discutir mudanças pontuais no regime de previdência dos militares.

Entre elas, o fim da pensão para as famílias de militares expulsos das fileiras por mau comportamento e crimes. Segundo um oficial de alta patente, a medida teria pouco impacto na redução de despesas, mas seria "simbólica".

Dentro dessas discussões, o fim da pensão vitalícia para as filhas solteiras, considerado um benefício polêmico, está sendo rejeitado por militares de alta patente. O argumento é que há direito adquirido, pois quem estava no serviço em 2000 pôde fazer a opção por mantê-lo, pagando uma adicional de 1,5% sobre o salário.

A avaliação que será levada ao presidente é que a medida poderá gerar disputas judiciais. Quem ingressou na carreira a partir de 2001 não teve mais direito de deixar pensão vitalícia para as filhas.

Acompanhe tudo sobre:Orçamento federalGastosGoverno LulaLuiz Inácio Lula da SilvaJosé Múcio MonteiroMinistério da DefesaMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor