Economia

Corte atual equivale a cerca de 10% do que foi previsto

O governo federal deve editar até segunda-feira um decreto contingenciando 10 bilhões de reais do orçamento deste ano

Renda per capita domiciliar por mês (Thinkstock)

Renda per capita domiciliar por mês (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 07h57.

Por JBrasília - Se o governo tivesse que alcançar, hoje, a meta original de superávit fiscal estipulada por Dilma, o corte de gastos teria de ser de R$ 107,1 bilhões nas despesas discricionárias. Esse dinheiro, no entanto, não existe mais. Até o dia 10 de novembro, o governo já tinha empenhado R$ 99,3 bilhões. Com isso, o saldo disponível para cortes é de R$ 14,5 bilhões. Desse limite, as despesas com o mínimo constitucional para a Saúde e com emendas impositivas de parlamentares representam R$ 2,9 bilhões.

Ao final, a base máxima que resta para ser cortada era de R$ 10,7 bilhões. Considerando os empenhos feitos nos últimos 20 dias, o universo de gastos previstos pelo governo até 31 de dezembro e que pode ser cortado é pouco superior a R$ 10 bilhões. A meta original, anunciada há exatamente um ano pelos futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, previa um superávit de R$ 66,3 bilhões nas contas públicas. O cenário, agora, é completamente distinto: o governo prevê um déficit para este ano que será o maior rombo já registrado nas contas públicas. 

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGovernoJoaquim LevyOrçamento federalPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto