Corrupção custa aos países pobres até US$ 64 bilhões por ano
Países em desenvolvimento perdem entre 38 bilhões e 64 bilhões de dólares todo ano por culpa de fraudes e corrupção, segundo ONG
Dólar: 3,6 milhões de mortes poderiam ser evitadas se não houvesse o desvio, diz ONG
(Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 09h06.
Paris - Os países em desenvolvimento perdem a cada ano entre 38 bilhões e 64 bilhões de dólares em arrecadação fiscal por culpa de lavagem de dinheiro, fraudes e corrupção, segundo um relatório divulgado pela organização não governamental ONE.
De acordo com a ONG britânica, fundada pelo cantor Bono, as práticas fraudulentas nos países em desenvolvimento representam um volume anual de um bilhão de dólares, o que a ONE chama de "assalto do século".
Friederike Röder, que dirige a ONE na França, afirmou que o dinheiro poderia ser investido em "saúde, segurança alimentar e infraestruturas essenciais, para salvar milhões de vidas".
A ONE afirma que a cada ano poderiam ser evitadas 3,6 milhões de mortes nos países mais pobres, caso o dinheiro não fosse desviado pela corrupção.
A ONG faz quatro reivindicações aos ministros das Finanças do G20, que se reunirão nos dias 20 e 21 de setembro na Austrália.
A primeira medida defendida pela ONG é o combate às empresas de fachada, usadas para lavar dinheiro e fraudar impostos.
Também pede que as empresas exploradoras de recursos naturais nos países em desenvolvimento divulguem informações detalhadas sobre todos os pagamentos.
Contra a fraude fiscal, a ONE defende um sistema de intercâmbio automático de dados fiscais.
A última medida exigida é o maior acesso dos cidadãos aos dados relativos a recursos públicos.
São Paulo - O final do julgamento do escândalo do mensalão trouxe a esperança de que o Brasil possa um dia dizer basta à corrupção. Para um país em que as denúncias não param de aparecer nos jornais, é surpreendente como o tema é pouco explorado pelo cinema nacional. Mas alguns filmes mostram a dimensão que atos corruptos podem tomar - e de como a corrupção está enraizada no país. EXAME.com separou seis filmes que tratam do tema da corrupção. Clique nas fotos para assistir aos trailers que estiverem disponíveis no YouTube.
"Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro" veio na onda do sucesso do seu antecessor, que fazia um retrato da violência do tráfico no Rio de Janeiro. No segundo filme, porém, o inimigo é outro, e maior: os políticos corruptos. O filme do diretor José Padilha traz Wagner Moura no papel do coronel Nascimento, que deixa o Bope para atuar na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Nos cinemas, o público vibrava com a cena em que Nascimento se vingava de um deputado que ameaçava sua família. O longa mostra políticos do Rio em aliança com milícias. Mas a cena final abre o escopo da crítica para todo o Congresso Nacional.
var galeriaLinkVideo = ; O filme de Nelson Pereira dos Santos conta a história de um médico legista que é chamado para identificar uma ossada supostamente de uma assessora parlamentar desaparecida há meses. O longa mostra como há interesses políticos e muitas atividades ilícitas entre os membros do Congresso. No caso, parlamentares tentam subornar e ameaçar o profissional para que ele confirme que a ossada é da moça desaparecida.
var galeriaLinkVideo = ; Drama pesado que faz analogia entre o antigo comércio de escravos e a exploração da miséria que existe atualmente. Polêmico, o filme faz uma grande crítica às Organizações Não-Governamentais (ONG), expondo a solidariedade de fachada que não passaria de uma desculpa para corrupção e captação de recursos.
O filme de Beto Brant, adaptação do livro homônimo, conta a história de três sócios de uma empreiteira - dois deles dispostos a se corromper para vencer uma concorrência pública e obter uma obra. O terceiro deles, honesto, acaba correndo risco de vida quando um bandido é contratado para assassiná-lo. O bandido, por sua vez, acaba se autonomeando chefe de segurança da empreiteira, chantageia os dois amigos e seduz a rica Marina, além de levá-la para experimentar coca na periferia.var galeriaLinkVideo = ;
var galeriaLinkVideo = ; José Wilker faz o memorável papel de Tenório Cavalcanti, político alagoense que atua em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O filme de Sérgio Rezende é uma versão romantizada de uma história real. Polêmico, Cavalcanti costumava andar com uma capa preta e uma metralhadora (batizada de Lurdinha) em mãos e ficou famoso por ser conservador e, ao mesmo tempo, se indignar com a corrupção da política. No filme, ele chega a visitar a câmara com Lurdinha em mãos para ameaçar os legisladores. Em outra cena, Cavalcanti se irrita com um repórter tendencioso e interesseiro e, no meio de um evento oficial, joga o jornalista em uma piscina.
O filme dirigido por Cacá Diegues mostra um pouco da corrupção política antes da ditadura militar no Brasil. Jorge Ramos é ambicioso jornalista que faz de tudo para conseguir mais poder - e corrompe todos no sistema político de sua cidade. O filme traça paralelos com a história política do Brasil desde a revolução de 1930 até o início da ditadura militar. O primeiro golpe que Ramos dá é em um barão do café, a quem ele convence ser um homem de caráter e consegue casar com sua filha. Pouco tempo depois, com a queda de Vargas no pós-guerra, o jornalista engana o sogro e foge com a esposa para a capital. Em busca de uma rápida ascensão, ele recorre a chantagens e estelionato para conseguir o que quer. (O filme não possui trailer no YouTube)
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