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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - Ao comentar os dados da balança comercial em junho, o secretário adjunto de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fábio Faria, destacou que o volume de corrente de comércio do Brasil com o exterior, no primeiro semestre do ano, de US$ 170,491 bilhões, é recorde histórico. "O que é importante é o crescimento do volume do comércio e isto está acontecendo".
Ele também destacou como positivo o crescimento das exportações brasileiras no primeiro semestre de 26%, patamar acima da projeção de expansão de 16% para o comércio mundial em 2010, feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo ele, as vendas externas brasileiras estão sendo favorecidas pelas vendas de commodities, mas também pela recuperação das vendas de produtos manufaturados. Ele destacou o aumento da participação da América Latina na pauta de exportações brasileiras que, segundo ele, cresceu 45,5% no período de janeiro a junho, refletindo a retomada do crescimento econômico na região, que tem favorecido as vendas brasileiras, sobretudo de produtos manufaturados.
"É um mercado estratégico porque é onde o Brasil coloca a maior parte de manufaturados", disse Faria. Ele destacou que as vendas cresceram não só para Argentina e países do Mercosul, como também para outros países da região. Na pauta de exportação, os maiores aumentos são nas vendas de automóveis, partes e peças, máquinas e equipamentos e minério de ferro. Faria também destacou o aumento das exportações para mercados asiáticos, além da China.
No primeiro semestre, as importações apresentaram volumes recordes, o que não aconteceu com as exportações no período. O secretário destacou que a tendência tanto das importações quanto das exportações é de uma curva ascendente até o final do ano, mas ele evitou fazer projeções sobre se o ritmo será muito superior ao verificado no primeiro semestre.
Ele lembrou que a base de comparação do primeiro semestre de 2009 está bastante deprimida em função dos efeitos da crise internacional na economia brasileira no ano passado. A partir do segundo semestre do ano passado, a economia começou a acelerar, aumentando o comércio, o que pode trazer efeitos estatísticos, diminuindo os porcentuais de crescimento.