Economia

Coronavírus não mudará compromisso da China com EUA, diz autoridade

Funcionário do Tesouro dos EUA avalia que crescimento da China deve cair no primeiro trimestre e depois ter uma recuperação forte

Coronavírus: mais de 2,3 mil pessoas já morreram na China (Thomas Peter/Reuters)

Coronavírus: mais de 2,3 mil pessoas já morreram na China (Thomas Peter/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 09h22.

Washington - O governo dos Estados Unidos espera que a China honre seus compromissos de comprar mais produtos norte-americanos de acordo com um acordo comercial assinado pelas duas maiores economias do mundo em janeiro apesar do surto de coronavírus em rápida expansão, disse uma autoridade sênior dos EUA nesta quinta-feira.

O funcionário do Tesouro dos EUA disse que é muito cedo para fazer previsões precisas do impacto do vírus sobre a economia global, mas o cenário básico prevê queda do crescimento da China no primeiro trimestre e depois recuperação forte. O impacto pode ser mais significativo se o surto piorar, disse a autoridade a repórteres antes da reunião do G20 desta semana.

O Fundo Monetário Internacional disse nesta semana que a epidemia já interrompeu o crescimento econômico na China e pode atrapalhar uma recuperação projetada altamente frágil na economia global em 2020 caso se espalhe para outros países.

O Ministério do Comércio da China disse nesta sexta-feira que as exportações e importações de janeiro e fevereiro serão afetadas pelo surto de coronavírus, mas que empresas estrangeiras na maioria das regiões retomarão a produção até o final de fevereiro.

Questionado se o surto exigirá mudanças na Fase 1 do acordo comercial com a China, o funcionário disse: "Nesta fase, não esperamos mudanças na implementação da Fase 1. ... Ainda esperamos que eles cumpram seu compromisso, mas é depois de um período de tempo."

Sob o acordo, que entrou em vigor este mês, a China prometeu aumentar as compras de mercadorias dos EUA em 77 bilhões de dólares em 2020 e em 123 bilhões até 2021, em comparação com as importações dos EUA de 2017, um ano antes do início da guerra tarifária EUA-China.

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