Economia

Coronavírus leva setor de aviação a menor crescimento em 10 anos

A demanda de passageiros teve crescimento de 2,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado; menor aumento desde abril de 2010

Aviação: (Issarawat Tattong/Getty Images)

Aviação: (Issarawat Tattong/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2020 às 18h28.

Última atualização em 4 de março de 2020 às 18h29.

A demanda de passageiros da aviação mundial teve crescimento de 2,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o menor aumento de demanda desde abril de 2010, quando uma erupção vulcânica na Islândia provocou diversos cancelamentos de voos na Europa.

Desta vez, de acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), o responsável pela desaceleração do crescimento foi o coronavírus.

Em comunicado, o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, explica que os impactos do coronavírus sobre os números do setor devem ser ainda maiores nos próximos meses. "Janeiro foi apenas a ponta do iceberg em termos de impactos sobre o tráfego, dado que as maiores restrições de viagens na China começaram após 23 de janeiro", afirma.

No Brasil, que responde por 1,1% do mercado mundial de aviação, a demanda doméstica de passageiros, medida pelo RPK, subiu 2,1% na comparação anual, enquanto que a oferta de assentos subiu 0 1%, o que levou a taxa de ocupação a 85,7%.

A maior alta na demanda interna foi nos Estados Unidos, com RPK 7,5% em um ano. A China teve a maior queda, de 6,8%.

A América Latina apresentou desempenho mais fraco que o Brasil, com alta de apenas 0,4% na demanda, de 0,3% na taxa de ocupação.

De acordo com a Iata, o tráfego das companhias aéreas na região tem sido "particularmente fraco" por meses seguidos, pressionado por fatores como as dificuldades econômicas e as tensões sociais em alguns países do continente.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAviõesCoronavírus

Mais de Economia

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto