Economia

Coronavírus: Lagarde pede que países da UE estimulem economia

Presidente do Banco Central Europeu enfatizou necessidade de ações para apoiar a economia, citando a crise de 2008 como um exemplo de riscos

Christine Lagarde: Lagarde enfatizou a necessidade de ações fiscais para apoiar a economia (Francois Lenoir/Reuters)

Christine Lagarde: Lagarde enfatizou a necessidade de ações fiscais para apoiar a economia (Francois Lenoir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de março de 2020 às 08h52.

Última atualização em 11 de março de 2020 às 08h56.

São Paulo — A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pediu aos líderes da União Europeia que revirem os bolsos na luta contra o surto de coronavírus ou pagarão um preço mais alto pela passividade, disseram duas fontes.

Falando aos líderes do bloco em uma teleconferência na noite de terça-feira, Lagarde enfatizou a necessidade de ações fiscais para apoiar a economia, citando a crise financeira de 2008 como um exemplo dos riscos associados à inação, disseram as fontes.

Espera-se que o próprio BCE divulgue novas medidas de estímulo na quinta-feira, provavelmente incluindo um novo esquema de financiamento destinado a empresas menores e um corte em sua taxa de juros.

Isso seguiria os cortes de juros do Federal Reserve na semana passada e do Banco da Inglaterra nesta quarta-feira, para aliviar os problemas financeiros e econômicos do vírus em rápida expansão, que alimenta temores de recessão global e vem agitando os mercados mundiais.

Na reunião de terça-feira, os líderes da UE decidiram fazer "todo o necessário" — desde permitir auxílios estatais às empresas até a projetar um fundo de investimento no valor de 25 bilhões de euros — para combater as consequências econômicas do surto, que se espalhou por todos os países da UE.

O coronavírus já infectou mais de 119 mil pessoas em todo o mundo e matou 4.296, segundo contagem da Reuters. A Itália foi o país da UE mais afetado, com 10.149 casos e 631 mortes.

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