Cresce ansiedade em Nova York, epicentro de coronavírus nos EUA (Noam Galai/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de março de 2020 às 14h19.
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York lembra em relatório que, por causa do coronavírus, os Estados de Nova York, Nova Jersey e Connecticut paralisaram as atividades não essenciais e as escolas e recomendaram que seus moradores fiquem em casa, como parte do esforço para desacelerar a disseminação do coronavírus.
"Essas ações são sem precedentes e os impactos econômicos devem ser temporários, mas severos", diz a distrital do BC dos Estados Unidos.
Nesse contexto, o levantamento do Fed de Nova York aponta que 40% das empresas do setor de serviços e 30% daquelas do setor manufatureiro estão reportando reduções de pessoal, com muitas companhias notando dificuldade para ter acesso a crédito e mostrando preocupação sobre sua solvência.
O Fed NY também disse que questionou as companhias sobre como elas pretendiam cobrir a falta de receita nesse período. Usar reservas foi uma alternativa amplamente mencionada, seguida por fazer um uso maior de linhas de crédito, comenta a instituição.
Alguns empresários citaram que usavam economias pessoais, enquanto alguns poucos falavam em fazer novos empréstimos ou pedir um seguro por interrupção dos negócios.
O Fed de Nova York destaca, porém, que "um número considerável das empresas comentou que as políticas de seguro para interrupção de negócios não cobririam problemas resultantes da pandemia de coronavírus".