O líder norte-coreano Kim Jong-Un: o país vive uma abertura econômica do regime comunista desde sua chegada ao poder (Kns/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 12h47.
Moscou - A Coreia do Norte convidou nesta segunda-feira a Rússia a investir em suas empresas após a abertura econômica do regime comunista desde a chegada do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
"O país adotou novas regras para o investimento. Convidamos as companhias russas a participar da exploração da região de Rason", afirmou Siim Guk Rion, cônsul geral da Coreia do Norte no Extremo Oriente russo, citado pela agência "Interfax".
Pyongyang procurou nos últimos meses Rússia, China e vários países ocidentais para identificar as empresas estrangeiras interessadas em investir na autárquica economia da Coreia do Norte.
"Sob meu ponto de vista, existe um grande potencial para o desenvolvimento das relações econômicas entre nossos países", destacou o diplomata norte-coreano.
A Coreia do Norte quer que as companhias estrangeiras invistam na região administrativa especial de Rason (nordeste de país), que o regime stalinista quer transformar em uma espécie de Hong Kong.
Ambos os países cooperam ativamente no setor da construção, mas os norte-coreanos querem atrair as companhias russas para projetos conjuntos de construção de navios e processamento de produtos marítimos.
Siim antecipou que os dois países já chegaram a um acordo para estabelecer dois voos semanais entre Pyongyang e Vladivostok (Rússia), às margens do Pacífico.
"Efetivamente, já é hora de reavivar a cooperação econômica", declarou Victor Gorchakov, presidente do Parlamento da região de Krai do Litoral, onde fica Vladivostok.
Como parte de sua nova fase de desenvolvimento econômico, a Coreia do Norte quer promover a agricultura e a indústria leve "como fatores cruciais para a melhora do bem-estar da população".
Em setembro, Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo pelo qual Moscou perdoou 90% da dívida norte-coreana com a União Soviética, estimada em US$ 11 bilhões.
A Rússia, que administra junto com a China o porto norte-coreano de Rajin, está disposta a debater a ligação da ferrovia norte-coreana à Transiberiana a fim de promover o comércio bilateral.