Economia

Copom volta a defender agenda de reformas estruturais

Para Comitê, percepção sobre a continuidade dos ajustes afeta as expectativas sobre a economia brasileira

Risco de frustração das expectativas sobre a continuidade de reformas permanece em níveis elevados, disse o Copom (Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Risco de frustração das expectativas sobre a continuidade de reformas permanece em níveis elevados, disse o Copom (Marcello Casal jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 21h50.

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltou a defender nesta quarta-feira, 1º, a agenda de reformas estruturais e alertou, sem citar diretamente o debate eleitoral, que a percepção sobre a continuidade dos ajustes afeta as expectativas sobre a economia brasileira. O colegiado decidiu nesta quarta-feira, 1º, manter a Selic (os juros básicos da economia) em 6,50% ao ano.

"O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia", afirmou o Copom, por meio de comunicado. O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes", completou o BC.

Para o colegiado, o risco de frustração das expectativas sobre a continuidade de reformas - o que pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória de inflação - permanece em níveis elevados, assim como o risco de deterioração do cenário externo para as economias emergentes.

De outro lado, o balanço de riscos Copom considerou que a propagação inercial do baixo nível da inflação passada e o ainda elevado grau de ociosidade da economia podem produzir uma trajetória de inflação abaixo da esperada. "O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural", repetiu o documento.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopom

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo