Economia

Copom eleva Selic em 1 pp, para 12,25% ao ano, e sinaliza novas altas de juro na mesma magnitude

Diante das incertezas fiscais, mercado precificava alta de 1 ponto percentual enquanto maioria dos economistas apostava em aumento de 0,75 ponto percentual

Os diretores do Banco Central (BC) ainda surpreenderam e sinaliazaram novas altas de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões do Copom ( Raphael Ribeiro/BCB/Flickr)

Os diretores do Banco Central (BC) ainda surpreenderam e sinaliazaram novas altas de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões do Copom ( Raphael Ribeiro/BCB/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 18h34.

Última atualização em 11 de dezembro de 2024 às 18h49.

Tudo sobreCopom
Saiba mais

Em meio às incertezas fiscais no país, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira 11, aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. O mercado de juros precificava uma alta de juros de 1 ponto percentual enquanto  os economistas estimavam alta de 0,75 ponto percentual.

Os diretores do Banco Central (BC) ainda surpreenderam e sinaliazaram novas altas de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões do Copom, diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, em se confirmando o cenário esperado. 

"Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", informou o BC.

Segundo o comunicado divulgado após a reunião do colegiado, os diretores do BC afirmaram que têm acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros.

"A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa. O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista", informou o BC.

Acompanhe tudo sobre:CopomBanco CentralJurosSelic

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor