Economia

Copom aumenta juros em 0,25 p.p. para 10,75% ao ano

Oitavo aumento seguido foi menor que os das últimas reuniões, o que já era esperado pela maior parte dos economistas


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: ciclo de altas vai completar um ano
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: ciclo de altas vai completar um ano (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 20h58.

São Paulo – O Copom (Comite de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira aumentar a Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano.

A decisão foi unânime, sem viés e não surpreendeu o mercado: 34 dos 47 economistas consultados pelo último boletim Focus esperavam este patamar.

É o oitavo aumento seguido, mas dessa vez ele foi menor do que o 0,5 ponto percentual dos últimos meses.

O ciclo de altas da Selic começou em março do ano passado, quando a taxa estava em 7,25% - a mais baixa da história. 

A ata será divulgada na próxima quinta-feira, 6 de março, e a próxima reunião está marcada para os dias 01 e 02 de abril.

Com a decisão, o Brasil continua sendo o maior pagador de juros reais do mundo

Contexto

A inflação desacelerou no Brasil em janeiro em relação a dezembro, mas a taxa anualizada de 5,59% continua próxima do teto da meta (6,5%).,

O IBGE divulga amanhã qual foi o crescimento do PIB no quarto trimestre e em 2013 como um todo.

A expectativa para a expansão em 2014 tem sido revisada para baixo e agora está em 1,67%, também de acordo com o Focus. Para instituições como o Itaú, ela pode ser ainda menor: 1,4%.

(Juliana Pimenta)

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta