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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília A Alemanha quer aumentar sua participação em empreendimentos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A informação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que informou hoje (23) que receberá uma comitiva de empresários alemães na próxima terça-feira (27), com o objetivo de fortalecer as relações comerciais.
A missão será chefiada pelo ministro alemão da Economia e Tecnologia, Rainer Brüderle. Outra intenção manifestada pelos alemães é a participação em obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como o trem de alta velocidade Rio-São Paulo.
O encontro de Brüderle com o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, e dos empresários dos dois países será no Palácio Itamaraty. No ano passado, o comércio entre Brasil e Alemanha sofreu forte redução por causa da crise financeira internacional. Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que o intercâmbio entre os países apresentou boa recuperação no primeiro trimestre deste ano, quando a corrente de comércio bilateral atingiu US$ 4,29 bilhões, com crescimento de 33,5% em relação aos US$ 3,2 bilhões contabilizados em igual período do ano passado.
A balança comercial diferença de exportações e importações é desfavorável ao Brasil, com saldo negativo de US$ 1,05 bilhão. Enquanto as exportações brasileiras para a Alemanha somam US$ 1,62 bilhão no trimestre, com evolução de 31,7% sobre o mesmo período de 2009, as compras brasileiras daquele país somam US$ 2,67 bilhões, com aumento de 35%.
Os setores mais tradicionais nas relações comerciais entre Brasil e Alemanha são engenharia mecânica, indústria automotiva, eletrônicos e produtos químicos e farmacêuticos. Mais recentemente, ganharam destaque também as áreas de geração de energia, infraestrutura, segurança e assistência médica, além de produção e exploração de petróleo e gás.
Os investimentos externos diretos da Alemanha no setor produtivo do Brasil tiveram significativo crescimento em 2009, com alta de 138,5% na comparação com 2008, saltando de US$ 1,03 bilhão para US$ 2,47 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC).