A expectativa é que 29% dos trabalhadores sejam efetivados, após o término do contrato temporário (Marcelo Alvez/Agência Estado)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 14h33.
Rio de Janeiro - Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) indica que até o Natal devem ser criadas no país cerca de 147 mil vagas temporárias. O número representa um aumento de 5% em comparação ao total de postos de trabalho abertos no mesmo período do ano passado (140 mil).
Do total de contratações, 28% serão destinadas a jovens que estão ingressando no mercado de trabalho. “O trabalho temporário tem se mostrado uma oportunidade muito grande para os jovens em situação de primeiro emprego. Praticamente, um terço das vagas é ocupada por jovens em situação de primeiro emprego”, disse hoje (19) à Agência Brasil a diretora de Comunicação da Asserttem, Jismália de Oliveira Alves.
A expectativa é que 29% dos trabalhadores sejam efetivados, após o término do contrato temporário. “Quarenta e dois mil brasileiros poderão ter, com o trabalho temporário, uma oportunidade de emprego efetivo. Esse é um número bastante significativo”. Se o número se confirmar, as efetivações devem superar em 9% superior as do período do Natal de 2010.
O comércio deve continuar concentrando a maior parte das contratações temporárias (70%), enquanto as vagas demandadas pela indústria representam 30%. Segundo Jismália Alves, os principais setores contratantes do comércio são os shoppings, supermercados, e as lojas de departamentos, além do varejo de rua. A remuneração média deve variar entre R$ 690 e R$ 996 para os trabalhadores temporários no comércio, um crescimento de 9,5% ante 2010.
Na área industrial, os segmentos alimentício, de bebidas, eletroeletrônico, de vestuário e de embalagens aparecem entre os principais contratantes. De acordo com a pesquisa, as mulheres deverão ocupar 35% das vagas na indústria, até dezembro. A remuneração média para os contratos temporários no setor deverá ter aumento de 16%, atingindo entre R$ 920 e R$ 1,3 mil.
A expectativa é que o Sudeste mantenha a liderança, com 51,26% das vagas temporárias que serão criadas neste Natal, puxado por São Paulo, com 44.556 contratações. Em seguida, vem a Região Nordeste (19,54%), liderada pela Bahia, com 9.158 vagas, e pelo Ceará, com 7.482 vagas.
Jismália Alves acredita que a tendência é expansão das contratações temporárias no país a cada ano. “Estamos falando do Brasil inserido na economia mundial. O trabalho temporário atende exatamente essa contratação para datas pontuais e, também, para substituição de pessoal permanente, de férias, de pessoas que se afastam do trabalho, quando há necessidade de reposição.”