Economia

Contratação no setor privado dos EUA desacelera

Setor privado dos EUA contratou em outubro o menor número de funcionários em seis meses, enquanto a fraca demanda doméstica manteve a inflação benigna


	Feira de empregos: vasto setor privado dos Estados Unidos abriu 130 mil postos de trabalho em outubro
 (Tim Boyle/Bloomberg)

Feira de empregos: vasto setor privado dos Estados Unidos abriu 130 mil postos de trabalho em outubro (Tim Boyle/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 13h41.

Washington - O setor privado dos Estados Unidos contratou em outubro o menor número de funcionários em seis meses, enquanto a fraca demanda doméstica manteve a inflação benigna no mês passado, sugerindo que a economia ainda precisa de estímulo do Federal Reserve, banco central do país.

O vasto setor privado dos Estados Unidos abriu 130 mil postos de trabalho em outubro, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP nesta quarta-feira. Essa foi a menor leitura desde abril e ficou abaixo das expectativas de economistas de acréscimo de 150 mil empregos.

O relatório, realizado em conjunto com a Moody's Analytics, sugere que a paralisação do governo de 16 dias no início deste mês pesou sobre um mercado de trabalho que já enfrenta dificuldades.

"O relatório da ADP foi mais fraco que o esperado, o que é consistente com o tom fraco dos dados do mercado de trabalho que tivemos recentemente", disse o codiretor da Global Income Group Eric Stein.

Separadamente, o Departamento do Trabalho informou que seu índice de preços ao consumidor avançou 0,2 por cento no mês passado, na medida em que os preços de energia se recuperaram, após o índice ter subido 0,1 por cento em agosto.

O fraco cenário do mercado de trabalho e o ambiente de inflação benigno deve permitir ao Fed manter o ritmo de suas compras de títulos mensais, para tentar estimular a economia através de taxas de juros baixas.


O Fed tem como meta uma inflação de 2 por cento, embora acompanhe uma medida que tem a tendência de ficar um pouco abaixo do índice de preços ao consumidor.

A expectativa é de que as autoridades do banco central norte-americano mantenham inalterado o programa de compra de títulos de 85 bilhões ao mês quando finalizarem reunião de dois dias mais tarde nesta quarta-feira.

Excluindo os componentes voláteis de energia e alimentos, o chamado núcleo de preços ao consumidor subiu 0,1 por cento, avançando com a mesma variação pelo segundo mês consecutivo.

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