Manifestantes participam de comício anti-resgate do Chipre: país provocou novos temores na zona do euro (REUTERS / Yorgos Karahalis)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 10h21.
Londres - A contração econômica da zona do euro se aprofundou neste mês -mesmo antes dos problemas relacionados ao resgate do Chipre-, criando outra dor de cabeça para as autoridades que lutam para reanimar a atividade no bloco, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
A maioria das respostas da pesquisa foi recebida antes de surgirem as notícias sobre o acordo de resgate do Chipre, incluindo um imposto sem precedentes sobre todos os depósitos bancários. O Markit, que realiza a pesquisa, afirmou que o quadro pode ser ainda pior quando divulgar os números finais sobre a região no início de abril.
"Eventos que atingem a confiança das empresas podem ter um efeito muito rápido nos dados e então é uma boa razão para acreditar que as respostas que coletamos esta semana serão na média mais negativas", afirmou Chris Williamson, economista-chefe do Markit.
O Chipre provocou novos temores na zona do euro, uma vez que seu Parlamento rejeitou na terça-feira os termos de um acordo de resgate, aumentando o risco do calote e quebra de bancos.
O PMI preliminar composto da zona do euro, que compõe cerca de 85 por cento da leitura final e é visto como um indicador de crescimento econômico confiável, caiu para 46,5 em março ante 47,9 em fevereiro.
O resultado veio abaixo de todas as previsões em pesquisa da Reuters com 23 economistas e aquém da mediana de uma ligeira alta para 48,2. O índice está abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração em todos os últimos 19 meses, com exceção de um.
Tendo contraído desde o segundo trimestre do ano passado, o Markit afirmou que os dados do último PMI sugerem que a economia da zona do euro vai encolher 0,3 por cento no trimestre atual.
O PMI de indústria caiu para 46,6 ante 47,9 em fevereiro, ante expectativa de alta para 48,2. Já o de serviços atingiu a mínima de cinco meses de 46,5 ante 47,9 em fevereiro e expectativas um aumento para 48,2.