Economia

Contração da indústria piora em fevereiro e impacta emprego

Depois de reduzir ligeiramente o ritmo de contração no início do ano, o PMI da indústria brasileira caiu a 44,5 em fevereiro


	Indústria: o PMI da indústria brasileira caiu a 44,5 em fevereiro
 (bugphai/ThinkStock)

Indústria: o PMI da indústria brasileira caiu a 44,5 em fevereiro (bugphai/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 10h07.

São Paulo - As condições da indústria brasileira voltaram a se deteriorar com força em fevereiro, atingindo em cheio o emprego no setor devido à redução da produção por causa da demanda mais fraca em um ambiente de recessão econômica, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira.

Depois de reduzir ligeiramente o ritmo de contração no início do ano, o PMI da indústria brasileira caiu a 44,5 em fevereiro, contra 47,4 em janeiro, atingindo o nível mais fraco em três meses, informou o Markit.

Assim, o índice se aprofunda ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, onde já está há 13 meses seguidos. "Os problemas econômicos do Brasil continuam a pesar sobre o setor industrial... Olhando à frente, os entraves fiscais devem apertar ainda mais e o PIB vai recuar de novo em 2016", disse a economista do Markit Pollyanna De Lima. Com a demanda em queda, o volume de novos pedidos que a indústria recebeu em fevereiro caiu para o nível mais fraco desde novembro, e com isso a produção foi mais uma vez reduzida em todos os três subsetores monitorados.

A valorização do dólar em relação ao real chegou a ajudar na quantidade de pedidos do exterior, que melhorou pelo terceiro mês consecutivo, mas ainda assim o aumento foi por um ritmo modesto.

Diante desse cenário, a indústria buscou reduzir custos em fevereiro cortando pelo 12º mês o número de funcionários, dessa vez pelo segundo ritmo mais forte desde abril de 2009.

No que se refere aos custos, o enfraquecimento do real levou ao aumento dos preços dos insumos no mês passado para um recorde de 88 meses, levando os preços cobrados ao nível mais alto na história das séries.

Em 2015, a produção industrial brasileira teve o seu pior desempenho histórico com recuo de 8,3 por cento, e continuará a enfrentar dificuldades para se recuperar em 2016 diante da confiança estremecida.

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