Conta de luz: previsão de alívio nos custos da energia não alteram a posição no Brasil no ranking global de preços (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
O cenário parece favorável para as contas no fim do mês: leis recentemente aprovadas que alteram as tributações de itens como energia elétrica trouxeram a promessa de contas de luz mais baratas neste ano. A devolução do PIS/Confins cobrado a mais de consumidores —, além das normas que preveem limites para aplicação do ICMS da energia pesam nos valores mais amenos.
Contudo, frente ao resto do mundo, a diminuição não foi capaz de mudar o custo desnivelado: os brasileiro pagam a segunda conta de eletricidade mais cara do mundo.
Segundo um estudo da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), compilados pela Cupom Válido, nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica no Brasil aumentou em 47%.
Este aumento significativo contribuiu para que o país subisse no ranking mundial.
Além de Colômbia e Brasil, no topo do ranking entre os mais caros estão: Turquia (terceiro), Chile (quarto), e Portugal (quinto).
No lado oposto, entre os cinco países com a energia mais baratas, estão: Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça, respectivamente.
Segundo o estudo, do total do custo pago pelos consumidores, apenas 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição da energia.
Os vilões estão nos outros 46,5% restantes, que são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.
Somente referente ao furto de energia, estima-se que em 2022 as perdas somarão mais de R$ 5,4 bilhões.
LEIA TAMBÉM: Inflação nos EUA chega a 1,3% em junho, novamente acima das expectativas