Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara: o recorde histórico foi puxado pela manutenção do despacho termoelétrico, segundo a Abegás (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 11h48.
São Paulo - O consumo de gás natural no País registrou aumento de 2,5% em março deste ano na comparação com fevereiro de 2014 e de 7,4% sobre o mesmo mês do ano anterior, de acordo com o levantamento mensal da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).
O consumo de gás natural em março foi o maior desde o início da comercialização no Brasil, há 23 anos.
Segundo a Abegás, o recorde histórico, de 74,6 milhões de metros cúbicos por dia, em média, foi puxado pela manutenção do despacho termoelétrico.
No comunicado divulgado hoje, a Associação ressalta que, em virtude da atual situação hidrológica do País, com reservatórios muito abaixo dos níveis esperados para o período, as térmicas a gás continuam despachando para garantir o atendimento à demanda crescente por energia elétrica.
Segundo a nota da Abegás, o segmento de geração elétrica apresentou aumento de 5,8% em março na comparação com fevereiro de 2014 e de 22,9%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme o estudo, o consumo residencial cresceu 21,9% em relação a fevereiro de 2014 e 6,2% na comparação com março de 2013.
O consumo no segmento industrial, por sua vez, teve aumento de 5,3% quando comparado ao mesmo período de 2013; em relação ao mês de fevereiro deste ano, o aumento foi de 0,5%.
Em relação ao mesmo período de 2013, o consumo de gás natural no segmento comercial subiu 9,4% e, na comparação com o mês imediatamente anterior, o aumento foi de 2,76%.
Já o segmento automotivo apresentou retração de 3,7%, na comparação com fevereiro deste ano e 4,3%, em relação a março de 2013.
Ainda de acordo com o levantamento de Abegás, são 2,4 milhões de clientes em todo o País.
A região Sudeste concentra o maior consumo de gás natural, com volume médio diário de 51,6 milhões de metros cúbicos, seguida pelo Nordeste, com 10,1 milhões de metros cúbicos
. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste consumiram 6,6 milhões de m?/dia, 3,4 milhões de m?/dia e 2,6 milhões de m?/dia, respectivamente.