Pessoas fazem compra em um shopping: a sinalização na redução da taxa de crescimento do consumo das famílias está relacionada à desaceleração do crédito (Alexandre Battibulgi/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 15h20.
Rio de Janeiro - Embora o crescimento de 2,4% no consumo das famílias tenha sido o pior resultado para os segundos trimestres desde 2003 (quando houve queda de 0,3% na comparação com igual período do ano anterior), ele vem registrando resultados positivos há 35 trimestres consecutivos.
A informação foi divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao anunciar uma expansão acumulada de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros seis meses do ano.
A economista do Departamento de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, disse que, apesar da redução do ritmo de crescimento, o consumo das famílias continua se expandindo a taxas de “mais ou menos 2,5%”.
“E isto acontece porque nós continuamos tendo crescimento do emprego e da renda, embora a taxas menores. Mas a gente já tinha observado, com base nos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC, também do IBGE), que a taxa havia crescido menos no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro - embora a taxa ainda continuasse positiva”, disse.
A sinalização na redução da taxa de crescimento do consumo das famílias, avaliou Rebeca, está relacionada à desaceleração do crédito, “porque também o crédito voltado para as pessoas físicas, para as famílias, teve desaceleração neste trimestre”, avaliou.
Na avaliação da economista, vários indicadores apontavam para a manutenção do crescimento do consumo das famílias embora a taxas menores. “E é claro que os juros ajudam a explicar a continuação deste crescimento do consumo das famílias”.