Economia

Consumo das famílias fica estável em janeiro, diz CNC

Apesar da estabilidade, o indicador fecha com queda de 8,6%, quando a comparação se dá com janeiro de 2014


	Intenção de consumo: apesar da estabilidade, o indicador fecha com queda de 8,6%, quando a comparação se dá com janeiro de 2014
 (Getty Images)

Intenção de consumo: apesar da estabilidade, o indicador fecha com queda de 8,6%, quando a comparação se dá com janeiro de 2014 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 13h33.

Rio de Janeiro - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou janeiro com alta de 0,2% (em 119,7 pontos), mostrando estabilidade na comparação com dezembro do ano passado  e interrompendo sequência de três quedas consecutivas.

Os dados foram divulgados hoje (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da estabilidade, o indicador fecha com queda de 8,6%, quando a comparação se dá com janeiro de 2014.

Com o resultado de janeiro, o índice permanece acima da zona de indiferença (100,0 pontos), portanto ainda indicando um nível favorável. Segundo a CNC, o nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou queda de 0,3% na comparação mensal. Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram elevação de 1,8%. O índice das famílias mais ricas está em 122 pontos, e o das demais, em 119,3 pontos.

Ainda na comparação janeiro de 2015 com dezembro de 2014, os dados regionais revelaram que a maior retração ocorreu na região Sul, onde a queda chegou a 3,5%, e a melhor avaliação na região Sudeste, com aumento de 1,8%.

Depois de números predominantes desfavoráveis em dezembro de 2014, em janeiro o quadro mostrou alguma melhoria, com alguns componentes da pesquisa se destacando nos resultados do mês.

O componente Nível de Consumo Atual, por exemplo, apresentou elevação de 1,9% em relação ao mês anterior, embora tenha fechado com queda de 9,5% comparativamente ao mesmo período do ano passado. “O elevado custo do crédito e o alto nível de endividamento ainda são os motivadores do desaquecimento na intenção de compras a prazo”, avaliou a CNC.

A confederação cita, por exemplo, o componente Acesso ao Crédito que registrou novamente quedas mensais e anuais de 0,6% e 9,2%, respectivamente, atingindo o menor nível da série, com 123,4 pontos, mesmo patamar visto em novembro de 2014.

Também o item Momento para Duráveis apresentou queda de 0,9% na comparação mensal. Em relação a 2014, o componente mostrou retração de 12%. Neste mês ele obteve o menor valor da série histórica, com 97,2 pontos – abaixo, portanto, da zona de indiferença.

Por sua vez, o item Perspectiva de Consumo registrou queda de 2,8% em relação a dezembro. Na comparação anual, o índice apresentou queda de 14,2% e atingiu o menor valor da série histórica, com 121,9 pontos.

Na base de comparação mensal, as famílias com renda de até dez salários mínimos mostraram queda de 3,4%, e aquelas com renda acima de dez salários, queda de 0,3%.

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