Em 14 dos 29 mercados europeus pesquisados, a confiança dos consumidores diminuiu, refletindo os cortes nos gastos públicos, a elevação dos impostos e o desemprego alto (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 09h23.
Londres - A confiança global do consumidor cresceu no segundo trimestre, refletindo percepções mais otimistas a respeito de empregos, finanças pessoais e intenção de gastos nos Estados Unidos, na China e no Japão, segundo uma pesquisa internacional.
A Indonésia continua sendo o mercado mais animado, seguido pelas Filipinas, que empurrou a Índia para o terceiro lugar, segundo a pesquisa trimestral da consultoria Nielsen.
Portugal continua sendo o mercado mais pessimista, de acordo com a pesquisa, feita antes do agravamento da crise política no país. Hungria e Itália estão empatados em segundo lugar como os mais pessimistas.
Em 14 dos 29 mercados europeus pesquisados, a confiança dos consumidores diminuiu, refletindo os cortes nos gastos públicos, a elevação dos impostos e o desemprego alto.
"O consumidor europeu está em compasso de espera, e, na verdade, vemos na Nielsen um conjunto distinto de camadas, com os consumidores alemães sendo os mais confiantes, seguidos por consumidores do Reino Unido e França, e então Itália e Grécia, onde a confiança está baixa e caindo", disse Venktatesh Bala, economista-chefe do Cambridge Group, parte do Nielsen.
O Índice Nielsen de Confiança Global do Consumidor subiu 1 ponto no segundo trimestre, chegando a 94. No trimestre anterior, o índice já havia registrado alta de 2 pontos. No entanto, um índice inferior a 100 indica que os consumidores estão mais pessimistas do que otimistas.
O moral dos consumidores melhorou nos EUA, maior mercado do mundo, refletindo o aumento nas oportunidades de emprego, nos preços imobiliários e no mercado acionário, segundo Bala. No Japão, o ambiente também melhorou, por causa dos agressivos esforços do governo para estimular a economia.
Por outro lado, a confiança diminuiu na América Latina pelo segundo trimestre consecutivo. Os consumidores latino-americanos e asiáticos, no entanto, continuam sendo os mais confiantes com relação a emprego e finanças pessoais nos próximos 12 meses.
A pesquisa Nielsen foi feita entre os dias 13 e 31 de maio, entrevistando via Internet 29 mil pessoas em 58 países.