Economia

Consultoria vê impacto do FGTS no PIB de 0,2%, menor que previsão oficial

Após anunciar a liberação de R$ 500 por conta, governo estimou que saques poderiam ajudar o PIB em 0,35%

Dinheiro: R$ 36,5 bilhões devem ser sacados até março de 2020 (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil/Agência Brasil)

Dinheiro: R$ 36,5 bilhões devem ser sacados até março de 2020 (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 17h41.

Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 17h42.

A 4E Consultoria estima que o impacto da liberação do FGTS deve ter impacto positivo de 0,20 ponto porcentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e de 0,08 ponto no PIB de 2020, considerando saques de R$ 36,5 bilhões no total até março de 2020 e que R$ 25,5 bilhões serão usados para consumir.

Em julho, após anunciar a liberação de R$ 500 por conta inativa ou ativa, o governo estimou que a liberação poderia ajudar o PIB em 0,35%, o que é 0,15% a mais que a previsão da 4E Consultoria. Para o governo, o PIB brasileiro em 2019 poderia ficar acima de 1% com possíveis efeitos dos saques das contas.

Outras analistas já minimizando os possíveis efeitos positivos da liberação do FGTS.

No estudo, assinado pela economista Giulia Coelho e pelo analista Luca Klein, a consultoria afirma que o efeito mais forte deve ser sentido sobre o PIB do quarto trimestre deste ano cuja projeção é de alta de 0,8% na margem.

"No entanto, os dados fracos dos dois primeiros trimestres do ano trouxeram nossa estimativa de 2019 para 0,7% (ante 1,0%)", ponderam. A 4E reduziu a projeção para o PIB do segundo trimestre, de avanço de 0,3% para 0,1% ante o primeiro trimestre com ajuste sazonal.

Em contrapartida, a consultoria elevou a expectativa para o PIB de 2020, de 2,6% para 3,0%, por causa do FGTS e do ganho de confiança resultante que devem ser aprovadas este ano.

Na última segunda-feira (16), o Boletim Focus do Banco Central estimou um crescimento menor para a economia brasileira em 2020, de 2,10%. Para 2019, os economistas ouvidos parecem não ter incorporado possíveis efeitos do FGTS e preveem crescimento de apenas 0,81%.

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