Economia

Consultoria prevê IPCA acima do teto da meta em 2014

Para o próximo ano, a previsão subiu de 6,5% para 6,9%, segundo a MB Associados


	A presidente Dilma Rousseff: segundo analista, as eleições 2014 serão o maior motivo para o aumento da inflação
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

A presidente Dilma Rousseff: segundo analista, as eleições 2014 serão o maior motivo para o aumento da inflação (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 11h47.

São Paulo - A consultoria MB Associados revisou para cima suas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 e 2014. Para o próximo ano, a previsão subiu de 6,5% para 6,9%, ou seja, acima da banda superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2013, de 6% para 6,2%. "Há uma chance de se aproximar do teto ainda este ano de novo", disse o economista-chefe Sérgio Vale.

De acordo com ele, para 2014, "a situação está mais complicada" que para 2013. "O risco Dilma virá a toda no ano que vem, com o mercado demandando respostas sobre o que será Dilma 2015 caso ela ganhe (a eleição presidencial)", afirmou.

"Poderá ser um final melancólico e natural de um primeiro mandato que evitou perceber os reais problemas inflacionários, forçando o pé nos aceleradores fiscal e monetário."

Ainda sobre 2014, na avaliação de Vale, o câmbio deverá sentir e "o BC não deverá ser autorizado a fazer o trabalho que deveria". "Assim, 7% fica um número cada vez mais possível", completou, acrescentando que seria necessário um "choque ortodoxo mais forte" que, no entanto, não deverá ocorrer.

"O que vai acontecer é alguma acomodação, e isso inclui ajustar a meta ou o intervalo da meta para cima, alegando que estamos passando por uma crise externa."

De acordo com o economista, a estimativa de IPCA para 2013 foi revista em razão dos prováveis impactos da depreciação cambial na inflação e da expectativa de reajuste nos combustíveis. Essa correção seria, segundo a MB, pequena, "pelo medo inflacionário". "Ou seja, está longe do suficiente para diminuir a defasagem de preço com o mercado externo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014EstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAPolítica no Brasil

Mais de Economia

Governo publica norma que suspende todos os acordos entre INSS e associações

Lupi defende fim de desconto automático na folha de aposentados para evitar fraudes

Aneel adia novamente reajuste nas contas de luz da Light após diretoria prolongar análise

Regulação do vale-refeição e do vale-alimentação é de alçada do Ministério do Trabalho, diz Galípolo