Pedreiros constroem uma nova casa em Alexandria, no Estado de Virgínia, EUA (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2012 às 11h15.
Washington - Os inícios de construção de moradias nos Estados Unidos caíram em fevereiro, mas as permissões para futuras construções saltaram para o maior nível desde outubro de 2008, de acordo com um relatório do governo divulgado nesta terça-feira, que mostrou uma melhora constante no mercado imobiliário.
O Departamento do Comércio informou que os inícios de construção de moradias caíram 1,1 por cento, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 698 mil unidades. Os inícios de construção de janeiro foram revisados para 706 mil unidades, ante as 699 mil previamente informadas.
Economistas consultados pela Reuters previam que os inícios de construção de moradias tivessem pouca variação, para 700 mil unidades. Comparada a fevereiro do ano passado, a construção residencial teve alta de 34,7 por cento, o maior aumento anual desde abril de 2010.
As permissões para novas construções saltaram 5,1%, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 717 mil unidades no mês passado, superando a expectativa de economistas de um avanço para 690 mil unidades ante 682 mil unidades em janeiro.
"Os dados que vemos agora indicam que a atividade imobiliária se estabilizou e podemos estar nos estágios iniciais de uma melhora", disse o estrategista da Wells Fargo Securities Gary Thayer.
Sinais de recuperação estão começando a surgir no mercado imobiliário, mas um excesso de moradias não vendidas, que deprime os preços, continua sendo um grande obstáculo mesmo depois de as vendas terem subido nos últimos meses, acompanhando a aceleração do crescimento do emprego.
A construção residencial deve ajudar no crescimento econômico neste ano pela primeira vez desde 2005. Apesar de o setor responder por cerca de 2,5 por cento do Produto Interno Bruto, esse fator continua sendo uma força importante na economia. Economistas estimam que para cada casa construída, 2,5 empregos são criados.
"Veremos a construção de moradias ajudar no PIB em 2012", disse o economista chefe do Pierpont Securities Stephen Stanley. "Ainda existe um excesso de moradias em áreas onde há muitas execuções de hipotecas. Mas a oferta de novas moradias está ficando apertada, então se houver uma demanda sustentada por elas podemos ver um avanço das construções".