Economia

Consolidação fiscal deve ser maior prioridade do Brasil, diz FMI

O FMI também assume ser muito provável a aprovação pelo Congresso da reforma da Previdência Social, sem que seja diluída de forma expressiva

Brasil: o Fundo faz uma avaliação positiva sobre a política monetária no Brasil (Arquivo/Getty Images)

Brasil: o Fundo faz uma avaliação positiva sobre a política monetária no Brasil (Arquivo/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2017 às 21h19.

São Paulo - A consolidação fiscal deve ser a mais alta prioridade do governo brasileiro, aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito da conclusão do Artigo Quarto de Consultas da instituição multilateral ao País. Para o Fundo, não há tempo a perder, pois são necessárias medidas para correção das contas públicas, o que viabilizará a implementação de ações que vão estimular o Produto Interno Bruto (PIB) potencial.

O FMI assume ser muito provável a aprovação pelo Congresso da reforma da Previdência Social, sem que seja diluída de forma expressiva, o que pode até demorar alguns meses especialmente em função da crise política.

O Fundo faz uma avaliação positiva sobre a política monetária no Brasil, pois avalia que é adequado o ritmo de alta de juros pelo Banco Central e há espaço para mais reduções. Para o FMI, a queda da Selic está ajudando a reduzir o endividamento dos setores público e privado, o que é positivo.

A missão do FMI estava em Brasília, num jantar com altas autoridades do governo, na noite das revelações das gravações realizadas pelo delator e empresário Joesley Batista, da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer. A equipe do Fundo avaliou aquele fato com surpresa.

Desde então, o FMI acompanha as notícias da cena política e, de certa forma, incorporou em suas projeções para o País o aumento de incertezas, inclusive sobre os rumos da política econômica.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscaleconomia-brasileiraFMIGoverno TemerReforma da Previdência

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta