Símbolo do euro em frente à sede do Banco Central Europeu (Ralph Orlowski/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2015 às 15h07.
Frankfurt - O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) se reunirá no domingo para discutir a situação da Grécia e de seus bancos, disse à Agência Efe uma fonte do Eurossistema.
Em comunicado, o BCE informou que "observa muito de perto a situação". Foi assim que a entidade reagiu depois que os ministros de Economia e Finanças da zona do euro rejeitaram a prorrogação do resgate grego além do prazo, na próxima terça-feira.
Agora o Eurogrupo se reunirá para preparar os "próximos passos" a serem dados para proteger a estabilidade financeira da zona do euro, informou o presidente da instituição, Jeroen Dijsselbloem.
Esse encontro não contará com a participação do ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis. A Grécia rejeitou as propostas de seus credores e anunciou um referendo no país.
O BCE apoiou Atenas até então através do programa de fornecimento urgente de liquidez, com o qual as entidades gregas podem pedir empréstimos de emergência ao Banco da Grécia. O valor limite que os bancos gregos podem pedir, com autorização prévia do BCE, chega a 90 bilhões de euros.
O apoio do BCE serviu para que as quatro maiores entidades da Grécia não quebrassem, o que obrigaria o país a abandonar o euro.
O BCE analisou a situação diariamente ao longo da semana, após a intensificação da fuga de capital e o saque em massa de grandes quantias dos bancos gregos, devido ao temor da população que o país saísse da zona do euro.
O presidente do Bundesbank (banco central alemão), Jens Weidmann, responsabilizou o governo grego na quinta-feira pela fuga de capital e pelos saques em massa e disse que a dependência das entidades financeiras da liquidez de emergência do Banco da Grécia questiona sua solvência.
"Deveria ficar claro a todas as partes nas negociações atuais que o Eurossistema (formado pelos bancos centrais nacionais da zona do euro e pelo BCE) não deve fornecer empréstimo-ponte à Grécia, inclusive em antecipação de pagamentos posteriores", manifestou Weidmann. EFE