Economia

Conselho de Segurança impõe novas sanções à Coreia do Norte

Por unanimidade, os 15 países do Conselho de Segurança aprovaram uma resolução proposta pelos Estados Unidos

ONU: as novas sanções buscam, entre outras coisas, restringir boa parte do fornecimento de produtos derivados do petróleo a Pyongyang (Lucas Jackson/Reuters)

ONU: as novas sanções buscam, entre outras coisas, restringir boa parte do fornecimento de produtos derivados do petróleo a Pyongyang (Lucas Jackson/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 17h54.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h47.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU impôs nesta sexta-feira novas sanções à Coreia do Norte em resposta ao teste com um míssil balístico intercontinental realizado no final de novembro.

Por unanimidade, os 15 países do Conselho de Segurança aprovaram uma resolução proposta pelos Estados Unidos, que endurece ainda mais as amplas sanções internacionais contra o regime de Kim Jong-un.

As novas sanções buscam, entre outras coisas, restringir boa parte do fornecimento de produtos derivados do petróleo a Pyongyang e a repatriação dos norte-coreanos que estão trabalhando no exterior e que geram receitas que beneficiam o governo do país.

Segundo os EUA, a resolução reduzirá em 89% o acesso do regime a gasolina, diesel e outros derivados do petróleo.

Além disso, as medidas incluem provisões segundo as quais o Conselho de Segurança se compromete a cortar ainda mais o fornecimento de petróleo ao país em caso de novos testes com mísseis balísticos intercontinentais.

No que diz respeito aos trabalhadores norte-coreanos no exterior, o texto requer que todos os países os expulsem num prazo máximo de dois anos.

Segundo Washington, quase 100 mil norte-coreanos estão trabalhando fora do país, a maioria na China e na Rússia.

Os EUA afirmam que os impostos que a Coreia do Norte impõe a essas pessoas geram ao regime mais de US$ 500 milhões ao ano.

"Pyongyang escolheu o caminho do isolamento", disse a embaixadora americana, Nikki Haley, imediatamente depois do voto.

De acordo com a diplomata, a resolução mostra que a comunidade internacional vai continuar respondendo às "ações agressivas" de Kim com sanções sem precedentes.

O objetivo das sanções é dificultar as autoridades norte-coreanas a conseguir financiamento para seus programas armamentistas e forçá-las a negociar.

"As sanções apertarão e tornarão ainda mais difícil que o regime consiga financiar os seus programas nucleares e de mísseis. Ao mesmo tempo, vamos garantir que não estamos tornando a vida ainda mais difícil aos pobres cidadãos norte-coreanos", explicou aos jornalistas o embaixador britânico, Matthew Rycroft.

Para a França, a resolução procura "mudar os cálculos do regime" e enviar-lhe uma "clara advertência" de que deve abandonar "o perigoso caminho" que escolheu.

"Acreditamos que a máxima pressão hoje é a nossa melhor alavanca para uma solução política e diplomática amanhã", defendeu o representante francês, François Delattre.

Neste ano, a ONU endureceu em várias ocasiões as sanções contra a Coreia do Norte como forma de responder ao aumento dos testes nucleares e com mísseis por parte do regime.

As sanções de hoje chegam em resposta ao teste feito pela Coreia do Norte no fim de novembro, quando realizou o lançamento de seu míssil balístico intercontinental mais avançado.

Segundo Pyongyang e numerosos especialistas, o projétil seria capaz de alcançar todo o território continental dos Estados Unidos.

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