Economia

Congresso vota hoje LDO de 2024 com emendas de R$ 48 bi e meta de déficit zero

Na última semana antes do recesso, Parlamento corre para aprovar leis que ordenam as despesas públicas do ano que vem

LDO: O texto já foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

LDO: O texto já foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 07h20.

Última atualização em 19 de dezembro de 2023 às 10h50.

O Congresso Nacional se reúne nesta terça-feira para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. O texto já foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento, com as bases para elaboração do orçamento anual. O texto traz a meta de déficit fiscal zero, como enviado pelo governo e defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Além disso, o projeto prevê cerca de R$ 48 bilhões em emendas parlamentares, sendo R$ 37 bilhões de pagamento obrigatório. As emendas de comissão, no valor de R$ 11 bilhões, foram retiradas do calendário obrigatório de empenhos. O Sistema S também ficou de fora do orçamento, após polêmica com empresários do setor.

Na sessão desta terça-feira, a LDO terá de ser aprovada por deputados e senadores. As emendas individuais serão um montante de R$ 25 bilhões e, as emendas de bancada, de R$ 12 bilhões, de acordo com o relator. O relatório estabelece prazos para projetos serem enviados, analisados e aprovados por ministérios.

A LDO manteve a meta fiscal de déficit zero, com um fôlego de até R$28 bilhões em déficit. Ou seja, se o governo tiver um prejuízo até este valor, a meta ainda poderá ser considerada como cumprida.

Uma eventual mudança na meta deve ocorrer apenas em março do ano que vem, quando as contas do governo devem ser revisadas. A manutenção da meta fiscal zero contrariou a pressão da ala política, que, em ano eleitoral, deseja turbinar obras, especialmente as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e evitar bloqueios orçamentários que tenham impactos em ações do governo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse no início da semana que tomará novas medidas de arrecadação se for necessário. O governo prevê uma necessidade de ganhar até R$168 bilhões para alcançar a meta.

Contingenciamento limitado

O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União-PB), acatou uma proposta que, na prática, atende ao governo Luiz Inácio Lula da Silva e limita a R$ 23 bilhões o bloqueio de despesas no Orçamento do ano que vem.

Inicialmente, o relator afirmou que não seria possível restringir o bloqueio a R$23 bilhões nos moldes da emenda apresentada pelo líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), mas acabou cedendo.

Acompanhe tudo sobre:Orçamento federalCâmara dos Deputados

Mais de Economia

Com inflação de alimentos em alta, Rui Costa diz que governo vai fazer ‘conjunto de intervenções’

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel