A redução de confiança econômica na União Europeia se deve ao enfraquecimento da confiança no setor serviços (-1,2), na construção (-1,5) e entre os consumidores (-1,2) (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 08h32.
Bruxelas - A confiança econômica recuou ligeiramente em dezembro na zona do euro e na União Europeia (UE), enquanto a empresarial melhorou na Eurozona, revelou o Indicador de Sentimento Econômico (ISE) e o Indicador de Clima Empresarial (ICE) publicados nesta sexta-feira pela Comissão Europeia.
Em dezembro, a confiança econômica desceu 0,8 pontos nos 27 países-membros e 0,5 nos 17 sócios da moeda única, ficando em 92 e 93,3 inteiros, respectivamente.
A Espanha foi o terceiro país com maior perda de confiança econômica, 1,3 ponto menos na comparação com novembro, atrás da Itália (-4,6 pontos) e Polônia (-5) e à frente do Reino Unido, também entre os países mais afetados com -0,5.
França manteve cotas similares (+0,1 ponto), enquanto Holanda (0,8) e Alemanha (1) registraram os maiores aumentos de confiança; este último país, a principal economia europeia, é o único que mantém seus níveis de confiança econômica acima da média no longo prazo do ISE.
A redução de confiança econômica na União Europeia se deve ao enfraquecimento da confiança no setor serviços (-1,2), na construção (-1,5) e entre os consumidores (-1,2), enquanto a confiança industrial se manteve praticamente invariável e subi no comércio de varejo (+2,7).
Paralelo a isso, o pessimismo aumentou na Eurozona no setor serviços (-0,5), no varejo (-0,6) e entre os consumidores (-0,7), enquanto no setor industrial ficou estável, da mesma forma que na construção (-0,2).
Os consumidores se mostraram pessimistas sobre o futuro do desemprego e expressaram preocupação pelas economias e a situação financeira, embora os níveis de confiança tenham variado de um país para outro, como ressaltou a Comissão Europeia em comunicado.
O indicador do Clima Empresarial (ICE) subiu na zona do euro em dezembro pela primeira vez em dez meses, pelo aumento do otimismo sobre as expectativas de produção e pelos cálculos positivos nas tendências de produção observadas nos últimos meses, assim como nos livros de pedidos de exportações.