Economia

Confiança dos comerciantes de São Paulo fica estável

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de dezembro ficou relativamente estável, passando de 120,2 pontos em novembro para 120,1 pontos


	Comércio popular em São Paulo: durante todo o ano de 2012, o índice manteve-se em um patamar positivo, com uma média de 118 pontos.
 (Ricardo Corrêa/EXAME.com)

Comércio popular em São Paulo: durante todo o ano de 2012, o índice manteve-se em um patamar positivo, com uma média de 118 pontos. (Ricardo Corrêa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 14h00.

São Paulo - Os comerciantes paulistas permaneceram otimistas em relação à análise do setor e da economia do país no último mês do ano passado. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de dezembro, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ficou relativamente estável, passando de 120,2 pontos em novembro para 120,1 pontos. O Icec é medido em uma escala que varia de 0 a 200 pontos e denota otimismo quando fica acima dos 100 pontos.

"É um resultado positivo diante do cenário econômico. Apesar de a economia estar demonstrando sinais de desaceleração, o comércio vem respondendo positivamente", avaliou Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP. Ele considera que esse patamar de satisfação se mantém, principalmente, porque o nível de consumo das famílias está em alta.

Dietze cita outro indicador da federação, que mede a intenção de consumo das famílias, para justificar a posição otimista dos empresários. "A Intenção de Consumo das Famílias [ICF] vem apresentando alta e em dezembro bateu 141 pontos. As famílias continuam mantendo seu nível de renda, de emprego, o crédito está sendo facilitado, a taxa de juros está menor, isso favorece sim o consumo das famílias e atinge o comércio de forma forte", explicou.

Durante todo o ano de 2012, o índice manteve-se em um patamar positivo, com uma média de 118 pontos, informou o assessor. "O menor indicador do ano foi em julho, com 105 pontos, mas nos outros meses ficou entre 119 e 121 pontos. Foi positivo, porque manteve uma estabilidade diante do cenário. Mas essas incertezas não deram espaço para um crescimento maior", avaliou.


O indicador de maior destaque positivo nessa apuração foi o item que avalia a satisfação do empresário com as condições atuais, que subiu 4,5%. Para 61,29% dos comerciantes, as condições atuais da sua própria empresa melhoraram. A situação atual da economia também está melhor para 45,48% dos entrevistados. As condições do setor, por sua vez, são avaliadas positivamente por 45,97% dos empresários.

"Obviamente que isso tem a ver com o melhor momento de vendas para o comércio varejista, que é o Natal", destacou Guilherme Dietze. Ele aponta, no entanto, que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais ainda está abaixo dos 100 pontos. "Há muitas mudanças na economia, com o governo intervindo no mercado, aumentando e reduzindo impostos. Isso mostra um sinal de incerteza para a economia e interfere no indicador", justificou.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), que também compõe o Icec, teve queda de 2,3%, ao atingir 152,3 pontos ante os 155,8 de novembro. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec) apresentou retração de 0,8%, passando de 112,8 para 111,5 pontos.

De acordo com o assessor econômico, o indicador mostra que os empresários estão otimistas quanto ao cenário futuro. "Eles ainda estão sentido o baque da economia, mas, em um futuro próximo, a expectativa é de algo positivo, de contratação de funcionários, de investimentos nas empresas", projetou.

A pesquisa aponta que 89,18% dos empresários acreditam que a própria empresa deve crescer nos próximos meses. Também é alto o percentual de comerciantes (77,82%) que pretendem aumentar o quadro de funcionários. Quase 60% dos entrevistados também querem ampliar o nível de investimentos da empresa.

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