Serviços: ao passar de 116,9 para 113,3 pontos, o índice alcança também o menor nível desde junho de 2009 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2014 às 10h20.
Rio de Janeiro - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 3,1% em abril frente ao mês anterior, registrando a maior queda desde julho de 2013 (- 4,1%), quando a confiança havia sido negativamente abalada pelas manifestações populares do ano passado.
Ao passar de 116,9 para 113,3 pontos, o índice alcança também o menor nível desde junho de 2009.
Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) a piora do ICS em abril foi determinada pela queda de ambos os componentes e das doze atividades pesquisadas, nove apresentaram redução da confiança.
De março para abril, o Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 3,8%, a segunda queda consecutiva; enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) registrou queda, pelo quarto mês consecutivo (2,5%).
Segundo o Ibre, o recuo do ISA-S resultou do declínio de seus dois componentes.
O indicador de Volume de Demanda Atual cedeu 6,1% na comparação com março; enquanto o indicador de Situação Atual dos Negócios recuou 1,8%.
Neste caso, o aumento da proporção de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa (de 23,9% para 24,6%) foi insuficiente para neutralizar a elevação verificada na frequência de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como ruim (de 17% para 19,6 %).
Na avaliação do Ibre, a queda do Índice de Expectativas entre março e abril foi determinada pela redução tanto do indicador de Demanda Prevista (- 2,9%), quanto do indicador de Tendência dos Negócios (- 2,1%).
O levantamento indica que a proporção de empresas prevendo aumento da demanda caiu de 40,3% para 39,1%, enquanto a das que preveem demanda menor passou de 8,5% para 11,1%.
Já a proporção de empresas esperando tendência dos negócios melhor recuou de 39,2% para 37,7% e a proporção das que esperam piora na tendência dos negócios aumentou de 6,5% para 7,8%.
O Ibre ressalta, ainda, o fato de que os resultados de abril refletem um momento de avaliação desfavorável das empresas sobre o nível de atividade do setor.
O nível do ICS que, mesmo situando-se abaixo da média histórica desde o início do ano passado, vinha mantendo certa estabilidade a partir de agosto, parece apontar em abril para uma nova redução de patamar, “sugerindo um cenário de arrefecimento no ritmo de crescimento econômico”.