Economia

Confiança do empresário industrial tem leve melhora, aponta CNI

Apesar do aumento da confiança em 3,1 pontos em relação a julho, o crescimento é inferior ao registrado em maio deste ano, antes da greve dos caminhoneiros

A confiança é maior nas grandes empresas (54,4 pontos), seguidas das médias, com 53 pontos, e, por último, das pequenas, com 51,2 pontos (Wilson Dias/Agência Brasil)

A confiança é maior nas grandes empresas (54,4 pontos), seguidas das médias, com 53 pontos, e, por último, das pequenas, com 51,2 pontos (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 15h55.

Brasília - O empresário industrial volta a mostrar confiança, ainda que pequena, revela a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela entidade, alcançou 53,3 pontos em agosto, um crescimento de 3,1 pontos em relação a julho. O dado é superior aos dos últimos dois meses. Mesmo assim, pondera a CNI, ainda é inferior ao registrado em maio deste ano, antes da paralisação dos serviços de transporte rodoviário, ocorrida no fim daquele mês.

Com a alta, o indicador ficou acima da linha divisória de 50 pontos do estudo, o que demonstra uma retomada da confiança. Apesar disso, o Icei de agosto de 2018 permanece 0,8 ponto abaixo de sua média histórica. "A atividade industrial vem se normalizando, após a greve dos caminhoneiros. Além disso, estamos entrando em um período do ano no qual é usual termos maior atividade econômica. Contudo, as incertezas eleitorais e a tabela de preços mínimos de frete impedem uma confiança maior", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Segundo o levantamento, a confiança é maior nas grandes empresas (54,4 pontos), seguidas das médias, com 53 pontos, e, por último, das pequenas, com 51,2 pontos. Nas indústrias extrativas, o Icei subiu para 58,5 pontos, acima dos 53,5 pontos registrados na indústria de transformação e dos 51,8 pontos verificados na construção.

A melhora geral do Icei se deve tanto às condições correntes dos negócios, menos negativas, quanto às perspectivas para os próximos seis meses, mais otimistas. "O Índice de Condições Atuais passou de 43,6 para 47,2 pontos, um aumento de 3,6 pontos. Apesar disso, o índice permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa percepção de piora da de melhora. Assim, mostra que o empresário ainda percebe piora nas condições correntes de seus negócios", cita o estudo. "O Índice de Expectativas, por sua vez, aumentou 2,8 pontos e foi a 56,3 pontos em agosto. Em particular, o Índice de Expectativas da Economia Brasileira cresceu 3,9 pontos, para 50,9 pontos. Com isso, volta a apontar otimismo do empresário em relação à economia brasileira como um todo, após dois meses de pessimismo", acrescenta.

O Icei de agosto consultou 2.838 empresas, das quais 1.126 de pequeno porte, 1.061 de médio porte e 651 de grande porte. O período de coleta das informações foi de 1º a 13 de agosto.

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