Economia

Confiança do consumidor sobe em agosto, apura FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,4% em agosto (113,1 pontos) e voltou ao patamar de maio


	Consumidora carrega sacolas: melhora de agosto sobre os dois meses de manifestações trouxe de volta, por exemplo, a intenção dos consumidores de ir às compras
 (Macdiarmid/Getty Images)

Consumidora carrega sacolas: melhora de agosto sobre os dois meses de manifestações trouxe de volta, por exemplo, a intenção dos consumidores de ir às compras (Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 15h36.

Rio - Os consumidores brasileiros conseguiram deixar para trás o pessimismo trazido pelas manifestações nas ruas em junho e julho, que haviam levado o indicador a uma queda abrupta e ao pior patamar desde maio de 2009.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,4% em agosto (113,1 pontos) e voltou ao patamar de maio.

No entanto, já naquele mês a economia se mostrava mais deteriorada aos olhos do consumidor, segundo a coordenadora da Sondagem de Expectativa do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Viviane Seda.

"Recuperou-se 98% da confiança perdida em junho e julho. Mas a economia já estava num momento mais fraco em maio. Havia uma preocupação com a inflação e com a taxa de juros, por exemplo", disse.

A melhora de agosto sobre os dois meses de manifestações trouxe de volta, por exemplo, a intenção dos consumidores de ir às compras. O indicador que mede a disposição de comprar bens duráveis subiu 2% em agosto, sempre na comparação com o mês anterior.

"Os consumidores com menor poder aquisitivo mostram bem isso. Não apenas recuperaram totalmente a confiança perdida em junho e julho, mas são a única classe que mantém o indicador acima da média dos últimos cinco anos".

O Índice da Situação Atual subiu 7,3%, recuperando 2/3 da satisfação com o presente registrados nos meses de junho e julho. As expectativas em relação aos próximos meses ficaram mais otimistas e voltaram ao patamar de janeiro de 2013, um mês melhor do que maio. O Índice de Expectativa subiu 3,5%, para 110,4 pontos.

Segundo Viviane, os consumidores perceberam uma desaceleração da inflação, melhoraram a avaliação em relação ao mercado de trabalho, estão menos pessimistas em relação à alta da taxas de juros. "Isso permite que o consumidor se torne um pouco menos cauteloso", disse.

A especialista disse que a avaliação sobre emprego, que tem forte impacto na avaliação do consumidor sobre a economia, continua favorável, apesar da desaceleração das contratações. "A expectativa de um mercado de trabalho mais aquecido também ajuda a diminuir a cautela", afirmou.

A pesquisa mostra que mais de 90% dos consumidores, em todas as classes de renda, se disseram afetados pelas manifestações, o que teve impacto sobre a avaliação sobre a economia.

Acompanhe tudo sobre:Consumidoreseconomia-brasileiraEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito