Economia

Confiança do consumidor cai em janeiro ante dezembro

No primeiro mês do ano, o indicador atingiu 137 pontos, ante 148 pontos em dezembro e 143 pontos em janeiro do ano passado


	Dinheiro: recuo é consequência principalmente da crise hídrica e da piora nas condições de crédito, diz ACSP
 (Dado Galdieri)

Dinheiro: recuo é consequência principalmente da crise hídrica e da piora nas condições de crédito, diz ACSP (Dado Galdieri)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 15h22.

São Paulo - A confiança do consumidor brasileiro caiu 11 pontos na passagem de dezembro para janeiro, mostra o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

No primeiro mês do ano, o indicador atingiu 137 pontos, ante 148 pontos em dezembro e 143 pontos em janeiro do ano passado.

Na avaliação da entidade, o recuo é consequência principalmente da crise hídrica e da piora nas condições de crédito.

"Os debates sobre esses temas estão sendo intensificados, deixando os consumidores mais pessimistas e cautelosos", explica o presidente da ACSP, Rogério Amato, em nota enviada à imprensa.

O dirigente avalia que o aumento de preços dos alimentos em razão da seca e a elevação de tarifas, como a de energia elétrica, também devem ter pressionado a queda do INC na passagem de dezembro para janeiro.

Entre as classes sociais, o maior recuo foi na "DE" (de 154 para 137 pontos), seguida pela classe "C" (de 158 para 143 pontos).

Na classe "AB", o INC permaneceu estável em janeiro, com 119 pontos.

Já entre as regiões do país, a confiança caiu no Sudeste (148 para 136 pontos) e Nordeste (de 154 para 132 pontos).

No Norte/Centro-Oeste, ela subiu (de 131 para 140 pontos). No Sul (146 para 152 pontos), houve melhora na confiança.

O INC é pesquisado pelo Instituto Ipsos, a pedido da ACSP.

O indicador varia entre zero e 200 pontos, que representam pessimismo e otimismo máximos, respectivamente.

De acordo com a associação, a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

As entrevistas para apurar a confiança em janeiro foram realizadas entre os dias 16 e 31 do mês passado.

Situação financeira e emprego

A pesquisa da Associação Comercial de São Paulo mostra ainda que piorou o sentimento dos consumidores em relação ao mercado de trabalho e situação financeira.

Em janeiro, 35% dos entrevistados se sentiam seguros no emprego, ante parcela de 40% de dezembro e 44% em janeiro do ano passado.

Para a ACSP, essa piora foi influenciada pelas recentes notícias de demissões em indústrias, como a automotiva, que eliminou 404 vagas em janeiro.

Já aqueles que consideram a situação financeira "boa" caíram de 45% para 40% na passagem de dezembro para janeiro.

Em janeiro de 2014, esse porcentual era de 44%.

Os consumidores que acham a situação financeira futura melhor também recuaram para 50% em janeiro, porcentual menor do que os 52% de dezembro e igual ao registrado no mesmo mês do ano passado.

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