Indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação econômica presente foi o que mais influenciou a queda do ICC, ao cair 18,2% em julho (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 09h07.
São Paulo - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 4,1 por cento em julho na comparação com junho, atingindo o menor nível desde maio de 2009, informou a FGV nesta terça-feira.
O ICC caiu para 108,3 pontos, ante 112,9 pontos em junho, quando havia recuado 0,4 por cento na comparação com maio.
O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 9,7 por cento, passando para 109,2 pontos em julho, o menor patamar desde maio de 2009 (103,0). Já Índice de Expectativas (IE) recuou 1,6 por cento no período, para 106,7 pontos.
O indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação econômica presente foi o que mais influenciou a queda do ICC, ao cair 18,2 por cento em julho. Ao passar para 67,8 pontos (ante de 82,9), esse indicador atingiu o nível mais baixo desde maio de 2009, quando estava em 65,3.
A proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa diminuiu de 17,9 por cento em junho para 14,9 por cento em julho, enquanto a dos que a consideram ruim saltou de 35,0 por cento para 47,1 por cento no período.
Já em relação aos seis meses seguintes, o indicador que mede as expectativas em relação à situação econômica geral foi o que mais pesou. Com recuo de 4,4 por cento, o quesito passou para 103,4 pontos (ante 108,2) e atingiu o menor nível desde outubro de 2011 (98,7).
A parcela de consumidores projetando melhora da situação econômica diminuiu de 29,3 por cento em junho para 27,9 por cento em julho, enquanto a dos que preveem piora aumentou de 21,1 por cento para 24,5 por cento.
A economia brasileira continua dando sinais de dificuldade em deslanchar. Em maio, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou a maior retração desde 2008, ao cair 1,4 por cento ante abril.
Por sua vez, as expectativas de economistas sobre a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro já estão mais perto de 2 por cento, como mostra a pesquisa Focus do Banco Central.