Economia

Confiança do comércio sobe 1,7 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV

A melhora na confiança neste início do ano de 2020 é puxada pela melhora das expectativas dos empresários

Comércio: confiança melhorou em cinco dos seis segmentos pesquisados (Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)

Comércio: confiança melhorou em cinco dos seis segmentos pesquisados (Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 08h53.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,7 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 99,8 pontos, informou nesta sexta-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV). No índice de médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,1 ponto, registrando a segunda alta consecutiva.

Segundo a FGV, a melhora na confiança neste início do ano de 2020 é puxada pela melhora das expectativas dos empresários, ao contrário do que ocorre com os consumidores.

"A confiança do comércio inicia 2020 em alta, sob influência dos indicadores de expectativas, que se consolidaram acima do nível neutro de 100 pontos. Essa melhora das expectativas, no entanto, ocorre em sentido contrário ao dos consumidores, que em fevereiro se tornaram bem mais cautelosos em relação ao futuro próximo, lançando dúvidas sobre a possibilidade de sustentação da atual tendência de alta da confiança do comércio", avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.

Em fevereiro, a confiança melhorou em cinco dos seis segmentos pesquisados. A melhora do índice foi mais influenciada pelo resultado favorável do Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 2,6 pontos, para 107,0, maior resultado desde fevereiro de 2019 (107,2) superando o nível neutro pelo nono mês seguido. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) variou, 0,7 ponto, saindo de 91,9 para 92,6 pontos.

As recentes altas da confiança do comércio refletiram também no índice em médias móveis trimestrais. Em fevereiro, nessa métrica o ICOM avançou 1,1 ponto, influenciado pela segunda elevação do IE-COM (2,2 pontos), enquanto o ISA-COM registrou estabilidade (0,1 ponto). Com isso, a diferença entre estes dois indicadores subiu a 11,5 pontos, a maior desde abril de 2019 (12,8 pontos).

"Apesar da ligeira melhora dos indicadores da situação atual em fevereiro, o resultado foi insuficiente para compensar a perda de janeiro, sugerindo que ainda existem dificuldades para o setor engrenar um ritmo mais forte de vendas", acrescenta Rodolpho Tobler.

A coleta de dados para a edição de fevereiro da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 3 e 19 do mês e obteve informações de 801 empresas.

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