Confiança no comércio: a FGV destaca que a piora não foi generalizada. Houve avanço em nove dos 17 segmentos pesquisados na Sondagem do Comércio (REUTERS/Sergio Moraes)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 09h39.
Rio de Janeiro - O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para o trimestre encerrado em fevereiro, foi de -0,9% abaixo do resultado de igual período do ano anterior.
Em janeiro, a taxa havia sido de 0,0% na mesma base de comparação.
"A piora relativa do indicador foi determinada por expectativas menos otimistas em relação aos meses seguintes. O resultado favorável do Índice da Situação Atual sugere ritmo de atividade ainda intenso do setor neste primeiro trimestre de 2013.", informou a FGV, em nota oficial.
Em fevereiro, o Icom ficou em 122,7 pontos, contra 26,1 pontos do mês anterior.
No Varejo Restrito, na comparação com igual período de 2012, a queda passou de -1,2% no trimestre terminado em janeiro para um recuo de 1,5% nos três meses terminados em fevereiro de 2013.
No Varejo Ampliado - que inclui veículos, motos e peças e material para construção - as taxas evoluíram de -0,7% em janeiro para -1,5% em fevereiro.
No segmento de material para construção, as taxas interanuais passaram de -5,0% para -6,8%, enquanto o de veículos, motos e peças, ainda que com taxas positivas, também está em desaceleração, tendo passado de 5,9% para 2,8%. No Atacado, as taxas interanuais trimestrais para os mesmos períodos foram de 1,1% e 0,1%, respectivamente.
A FGV destaca que a piora não foi generalizada. Houve avanço em nove dos 17 segmentos pesquisados na Sondagem do Comércio. No Varejo Ampliado, houve melhora em oito dos 13 segmentos; e no Atacado, houve melhora em um dos quatro segmentos.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) do trimestre findo em fevereiro ficou 3,2% superior ao do mesmo período do ano anterior. Em janeiro, a variação havia sido de 2,7% na mesma comparação. Na média do trimestre terminado em fevereiro, 21,1% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 16,7%, como fraca.
O Índice de Expectativa (IE-COM), que junto com o ISA-COM compõe o Icom, caiu 3,8% em fevereiro ante queda de 2,0% no mês anterior. Entre os quesitos integrantes do índice, o que mede as expectativas em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu na piora da comparação interanual entre janeiro e fevereiro, ao passar de -2,3% para -5,4%.