Economia

Confiança de serviços tem 2ª queda consecutiva em novembro, diz FGV

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,1 pontos em novembro, a 85,4 pontos

Serviços: mercado espera que setor tenha tido crescimento de 0,4% em dezembro (Nacho Doce/Reuters)

Serviços: mercado espera que setor tenha tido crescimento de 0,4% em dezembro (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2020 às 08h53.

Última atualização em 30 de novembro de 2020 às 08h55.

A confiança de serviços no Brasil registrou sua segunda queda consecutiva em novembro devido à piora nas expectativas para os próximos meses, disse nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando "um caminho longo pela frente" para a recuperação do setor.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,1 pontos em novembro, a 85,4 pontos.

Esse comportamento "mostra um retrocesso no processo de recuperação do setor, que vinha ocorrendo desde maio", avaliou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.

"As expectativas para os próximos meses voltaram a se tornar mais pessimistas (...). O período de transição dos programas do governo, a preocupação com a pandemia e a cautela dos consumidores sugerem que a recuperação do setor ainda tem um caminho longo pela frente", completou.

O Índice de Expectativas (IE-S), que mede a percepção sobre o futuro do setor de serviços, recuou 4,4 pontos em novembro, a 91,3 pontos, sua segunda queda consecutiva. O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve variação positiva de 0,3 ponto, a 79,5, mantendo tendência crescente iniciada em maio em ritmo gradual.

Segundo a FGV, a "Demanda Insuficiente" passou a ser cada vez mais citada pelas empresas do setor de serviços como impeditivo para crescimento dos negócios nos últimos meses, superando o fator "Outros" , usado pelas empresas para relatar a pandemia de coronavírus como responsável pela limitação à atividade.

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