O Índice de Confiança de Serviços avançou 7,3 pontos em julho, para 79,0 pontos (Nacho Doce/Reuters)
Reuters
Publicado em 30 de julho de 2020 às 08h48.
A confiança de serviços no Brasil registrou sua terceira alta consecutiva em julho, e já recuperou mais da metade das perdas registradas no auge da crise causada pelo coronavírus, mas o caminho até seus níveis pré-pandemia ainda é longo, disse a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação avançou 7,3 pontos em julho, para 79,0 pontos. Nos últimos três meses, a confiança do setor recuperou 62% das perdas sofridas no primeiro quadrimestre de 2020.
Segundo a FGV, o setor apresentou melhoras na percepção sobre o momento atual e nas expectativas, mas a incerteza sobre o curto prazo permanece.
"(...) o resultado do mês precisa ser analisado com cautela porque ainda há um caminho considerável para voltar ao ritmo anterior à pandemia", comentou Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
"As flexibilizações podem contribuir para a melhora da confiança do setor, mas a cautela dos consumidores e a incerteza que se mantém em patamar elevado impedem imaginar um cenário de recuperação robusta do setor no curto prazo."
Apesar de o Brasil ocupar o segundo lugar na lista dos países com mais casos de Covid-19, vários centros econômicos importantes, como São Paulo, começaram a flexibilizar medidas de contenção da doença, de modo a ajudar numa retomada econômica.
Segundo a FGV, o Índice de Expectativas (IES), que mede a avaliação dos consumidores sobre o futuro do setor de serviços, cresceu 7,5 pontos, para 87,3 pontos. O IES está agora 11,6 pontos abaixo dos 98,9 pontos registrados em fevereiro, antes do início da pandemia.
Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 7,0 pontos, para 71,0 pontos, recuperando nos últimos três meses 45% da queda registrada entre março e abril.