Economia

Confiança de negócios na Alemanha cai pelo 2º mês seguido

Resultado mostra que a maior economia da Europa enfrenta dificuldades para recuperar-se de uma contração no final do ano passado


	Bandeiras da Alemanha em Berlim: índice de clima de negócios caiu para 104,4 em abril, ante 106,7 em março
 (Carsten Koall/Getty Images)

Bandeiras da Alemanha em Berlim: índice de clima de negócios caiu para 104,4 em abril, ante 106,7 em março (Carsten Koall/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 08h24.

Berlim - A confiança de negócios alemã caiu em abril pelo segundo mês consecutivo, ficando abaixo até mesmo da menor estimativa em pesquisa da Reuters e sinalizando que a maior economia da Europa enfrenta dificuldades para recuperar-se de uma contração no final do ano passado.

O instituto Ifo, com base em Munique, informou nesta quarta-feira que seu índice de clima de negócios, com base em uma pesquisa mensal junto a cerca de 7 mil empresas, caiu para 104,4 em abril, ante 106,7 em março.

Isso ficou aquém até mesmo da menor estimativa em pesquisa da Reuters, em que a mediana das estimativas de 45 economistas foi de 106,2.

O resultado fez com o que o euro atingisse seu menor nível em quase três semanas contra o dólar.

A economia alemã conseguiu evitar a maioria dos contratempos da crise da zona do euro que deixou a maior parte do bloco em recessão, mas mostrou contração no último trimestre de 2012. Dados indicam agora dificuldades para deixar esse cenário para trás, especialmente devido à fraqueza da economia chinesa, um forte mercado alternativo.

"A forte queda no índice Ifo da Alemanha é mais um sinal de que não haverá um recuperação mais forte neste ano", disse David Brown, do New View Economics.

"Com base no que vimos recentemente das pesquisas Ifo, ZEW (confiança do investidor) e PMI (Índice de Gerentes de Compras), a Alemanha terá muita sorte se evitar uma recessão no curto prazo nos dois trimestres mais recentes", completou ele.

Os números decepcionantes do Ifo, somado ao PMI que mostrou contração do setor privado em abril, ajudaram a ampliar as perspectivas de que o Banco Central Europeu (BCE) reduzirá a taxa de juros em sua reunião na próxima semana, ao sugerir que mesmo o motor do crescimento da região está entrando em contração.

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