O bloco monetário formado por 17 países enfrenta a mais longa recessão em sua história e as chances de uma recuperação rápida são limitadas pelo desemprego e por medidas de austeridade (Jock Fistick/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 07h56.
Bruxelas - A confiança econômica na zona do euro atingiu a máxima de 15 meses em julho com a melhora no sentimento nas quatro maiores economias do bloco monetário, sustentando as chances de a Europa sair de forma gradual de quase três anos de contração econômica.
O bloco monetário formado por 17 países enfrenta a mais longa recessão em sua história e as chances de uma recuperação rápida são limitadas pelo desemprego recorde e por medidas de austeridade.
Mas em um sinal positivo, a Comissão Europeia informou nesta terça-feira que seu índice de confiança econômica subiu para 92,5 pontos em julho --maior nível desde abril de 2012-- ante 91,3 pontos em junho, embora tenha ficado ligeiramente abaixo da expectativa do mercado de melhora a 92,6.
Separadamente, o índice de clima de negócios da zona do euro --que mede a fase do ciclo empresarial-- melhorou para -0,53 pontos em julho, ante -0,67 em junho, também a melhor leitura em 15 meses.
"Uma clara melhora na confiança econômica para a máxima de 15 meses sustenta as esperanças de que a atividade econômica da zona do euro se estabilizou e pode muito bem registrar crescimento marginal no segundo semestre do ano", disse o economista do IHS Global Insight Howard Archer.
A confiança melhorou em todas as áreas, exceto construção, com apenas uma das cinco maiores economias da zona do euro --a Holanda-- mostrando deterioração, enquanto Alemanha e França registraram alta.
Economistas dizem que os dados otimistas de julho tornam improvável que o BCE reduza a taxa de juros na sua reunião de quinta-feira, deixando a taxa referencial na mínima recorde de 0,5 por cento.