Indústria brasileira: alta da confiança foi observada em 15 de 19 segmentos industriais pesquisados (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 09h19.
São Paulo - A confiança da indústria brasileira iniciou o ano apresentando forte avanço diante da situação atual mais otimistas e também com a melhora das expectativas, atingindo o maior nível desde maio de 2014 em meio ao cenário de queda dos juros básicos.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que seu Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 4,3 pontos em janeiro e chegou a 89 pontos, depois de ter atingido em dezembro o menor patamar desde junho passado.
A prévia do ICI já havia indicado a melhora, com alta de 3,1 pontos, mas o resultado superou com folga as expectativas.
"O setor parece estar reagindo a uma combinação de aceleração da produção no final do ano e do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro", destacou em nota o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Junior.
No final do ano passado, o Banco Central começou novo ciclo de redução da Selic, hoje a 13 por cento ao ano. Neste mês, acelerou o passo a reduzí-la em 0,75 ponto percentual, diante dos sinais de queda de inflação e economia ainda em recessão, levando os agentes econômicos a esperarem que a taxa básica de juros irá a um dígito. Juros menores reduzem os custos de empréstimos, estimulando o consumo.
A FGV explicou que a melhora na confiança se deveu ao avanço de 4,7 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 91,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) teve alta de 3,8 pontos, para 87,0 pontos.
A alta da confiança foi observada em 15 de 19 segmentos industriais pesquisados.
Ainda segundo a nota da FGV, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,7 ponto e foi a 74,6 por cento em janeiro, após atingir a mínima histórica desde 2001 no mês passado.
De modo geral, a confiança na economia brasileira iniciou 2017 de maneira positiva. A confiança do consumidor no Brasil voltou a subir em janeiro após dois meses consecutivos de queda, enquanto a confiança do comércio atingiu no primeiro mês do ano o nível mais alto desde outubro.