Economia

Confiança da Eurozona sobe à sombra de desemprego recorde

O índice destaca a distância que separa o norte em recuperação do sul em dificuldades


	Desempregados esperaram na fila de um escritório de emprego do governo, em Madri, na Espanha: o desemprego na zona do euro em julho permaneceu em uma máxima recorde de 12,1%
 (Jasper Juinen / Getty Images)

Desempregados esperaram na fila de um escritório de emprego do governo, em Madri, na Espanha: o desemprego na zona do euro em julho permaneceu em uma máxima recorde de 12,1% (Jasper Juinen / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 07h26.

Bruxelas - O otimismo em relação à economia da zona do euro melhorou com força em agosto mas o desemprego alto, em particular nos países mais fracos do bloco, destaca a distância que separa o norte em recuperação do sul em dificuldades.

A confiança dos gerentes empresariais consultados pela Comissão Europeia subiu pelo quarto mês seguido na zona do euro, informou o Executivo da União Europeia nesta sexta-feira. A tendência positiva foi particularmente forte na Alemanha e Holanda, mas também apareceu na Itália, França e Espanha.

A medida de confiança em todo o bloco em agosto, com base em encomendas empresariais, confiança industrial e outros fatores como os planos de contratação das empresas, aumentou 2,7 pontos, para 95,2.

Tal aumento da confiança inspirou alguns a prever que os 17 países que usam o euro superaram uma crise que foi provocada pelo investimento de bancos em dívida hipotecária arriscada e depois levou alguns Estados à beira da falência.

"A fase mais forte da crise e o período mais duro do aperto de cintos está para trás", disse Dirk Schumacher, economista do Goldman Sachs.

Em relatório separado, a Eurostat, agência de estatísticas da UE, informou que a inflação anual ao consumidor em agosto será estimada em 1,3 por cento, ante 1,6 por cento no mês anterior, devido principalmente a uma queda nos preços da energia.

Mas enquanto a confiança melhorou, o desemprego na zona do euro em julho permaneceu em uma máxima recorde de 12,1 por cento, com o forte contraste entre países como Alemanha e Espanha, mostrando que a melhora não está sendo sentida em todos os lugares.

Enquanto apenas pouco mais de 5 por cento dos trabalhadores na Alemanha estavam desempregados, de acordo com a Eurostat, o número alcançou quase 28 por cento na Grécia e ultrapassou 26 por cento na Espanha.

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