Economia

Confiança da construção tem leve alta em junho, diz FGV

Aumento das incertezas pelo cenário político conturbado ainda não atingiu o setor com força mas provoca pessimismo

Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil teve neste mês alta de 0,2 ponto e foi a 74,2 pontos (iStock/Thinkstock)

Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil teve neste mês alta de 0,2 ponto e foi a 74,2 pontos (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2017 às 08h47.

São Paulo - A confiança da construção brasileira registrou leve alta em junho com melhora discreta tanto da avaliação atual quanto das perspectivas no curto prazo, mostrando que o aumento das incertezas pelo cenário político conturbado ainda não atingiu o setor com força mas provoca pessimismo.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil teve neste mês alta de 0,2 ponto e foi a 74,2 pontos, após recuar com força no mês anterior e voltando ao nível de setembro de 2016

"A pequena alta do ICST em junho sugere que o efeito percebido do aumento da incerteza após 17 de maio sobre os negócios não foi expressivo", destacou a coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo.

No ICST, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 0,2 ponto, para 84,8 pontos, com melhora do otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) também avançou 0,2 ponto, a 63,9 pontos, devido à melhora do indicador que mede a situação dos negócios correntes.

A incerteza política em torno do presidente Michel Temer vem deixando consumidores e empresários em alerta, em meio às dúvidas sobre do andamento das reformas o Congresso.

Na véspera, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia criminal contra o presidente pelo crime de corrupção passiva a partir da delação dos executivos da JBS.

Porém o ICST apresentou melhora devido aos setores menos dependentes do governo, de acordo com Ana Maria. "No de Edificações --menos dependente de iniciativas diretas do governo-- as expectativas voltaram a subir em junho após queda expressiva no mês anterior", explicou ela.

O indicador, entretanto, aponta para um quadro ainda de pessimismo entre as empresas, e a FGV destaca que "a contribuição do ambiente de incerteza política para a continuidade desta visão pessimista sobre o rumo dos negócios pode ser ilustrada pela expressiva piora das expectativas no segmento de Obras de Infraestrutura".

Em outra nota, a FGV informou também que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) acelerou a alta a 1,36 por cento em junho, contra 0,13 por cento no mês anterior.

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