Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 08h39.
São Paulo - O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou 9,5% no trimestre encerrado em junho, na comparação com o mesmo período de 2011. É a terceira queda consecutiva do indicador trimestral e o pior resultado desde dezembro de 2011 (-9,9%).
Segundo a FGV, os segmentos que mais pressionaram para a piora no indicador em junho foram: Construção de Edifícios e Obras de Engenharia, com variação de -9,8%, ante -7,7%, em maio; e Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição, com operador, com variação de 3,9%, ante 6,1%, em maio. Em contrapartida, destacam-se os segmentos Preparação do Terreno, com variação de -5,8%, contra -6,2%, em maio; e Obras de Infraestrutura para Engenharia Elétrica e Telecomunicação, que passou de -15,0% em maio para -13,9% em junho.
A piora do ICST também foi influenciada pelas avaliações do empresariado em relação ao futuro: no trimestre terminado em junho, o Índice de Expectativas (IE-CST) reduziu-se em 8,6%, ante queda de 6,5%, em maio. Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -9,3%, em maio, para -10,5%, em junho.
O quesito da pesquisa que mede a evolução recente do nível de atividade foi o que mais contribuiu para a queda do ISA-CST no trimestre findo em junho de 2012. A variação do indicador trimestral do quesito, foi para -10,5%, ante -7,2%, em maio. Das 701 empresas consultadas, 25,2% avaliam a situação atual como boa, na média do trimestre encerrado em junho, contra 33,3% no mesmo período de 2011; e 16,5% a consideram ruim (contra 11,9%).
O quesito que avalia a tendência dos negócios nos próximos seis meses foi o que exerceu a maior influência na piora do IE-CST. A sua variação interanual trimestral passou de -5,8% para -8,8%, entre maio e junho. A proporção de empresas prevendo melhora na demanda reduziu-se de 54,3%, em junho de 2011, para 43,0%, em junho atual, enquanto a parcela das que esperam piora passou de 1,3% para 3,5% do total.
Ainda conforme a FGV, a percepção das empresas de construção em junho aponta um quadro de desaceleração do ritmo de crescimento atividade para os próximos meses.