Contas: de acordo com os dados do BC, a taxa de inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) ficou estável em 3,7%, em janeiro. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 13h14.
Brasília – As condições para que haja queda nas taxas de inadimplência continuam favoráveis, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Essa avaliação de que haverá queda da inadimplência é feita pelo BC desde o ano passado.
Para Maciel, a expectativa se baseia na capacidade dos tomadores de crédito de honrar compromissos, com aumento de salários e a redução nas taxas de desemprego. Maciel citou ainda que a influência da taxa básica de juros, a Selic, no menor patamar histórico (7,25% ao ano), “ainda se fará sentir”.
De acordo com os dados do BC, a taxa de inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) ficou estável em 3,7%, em janeiro. Para pessoas físicas, houve leve queda em relação a dezembro, de 0,1 ponto percentual, para 5,5%. No caso das empresas, a taxa ficou estável em 2,2%. A taxa de inadimplência corresponde ao percentual de operações com atraso superior a 90 dias em relação ao saldo total.
Enquanto a inadimplência ficou estável, as taxas de juros subiram, em janeiro, depois de dez meses seguidos de redução na taxa. A taxa média de juros do crédito total do sistema financeiro subiu 0,5 ponto percentual, para 18,5% ao ano. Na avaliação de Maciel, esse aumento “não foi nada tão expressivo”. “A gente precisa aguardar mais dados para delinear o comportamento das taxas de juros ao longo deste ano”, disse. Segundo Maciel, após observar um período de tempo mais longo, será possível analisar se foi interrompida a tendência ou se a taxa vai oscilar em torno de um novo patamar.
Em janeiro, na comparação com dezembro, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro ficou estável em R$ 2,367 trilhões. De acordo com Maciel, janeiro é um mês em que normalmente há redução do saldo e das concessões de crédito. No mês, em relação a dezembro, há menor procura do comércio, principalmente, e da indústria na busca por novos empréstimos. “A expectativa é que o crédito volte a crescer em fevereiro”, disse.