Ônibus em Porto Alegre: exigência da licitação foi feita pela Justiça depois da onda de protestos (JONAS OLIVEIRA/PLACAR)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 18h33.
Porto Alegre - A primeira licitação para concessão do serviço de transporte coletivo da história de Porto Alegre não teve interessados.
A prefeitura, que receberia as propostas nesta terça-feira, 03, esperou em vão pela entrega dos envelopes e já anunciou que vai elaborar um novo edital na expectativa de repassar a operação a empresas em seis meses.
O sistema atual tem 400 linhas operadas por 1.704 ônibus e funciona por permissões para três consórcios privados e uma companhia pública, a Carris.
A exigência da licitação foi feita pela Justiça depois da onda de protestos por melhorias no transporte público deflagrada em junho do ano passado.
A licitação sofria contestações na Justiça.
A Associação de Transportadores de Passageiros (ATP), que representa as atuais operadoras, pediu a suspensão do processo ao Tribunal de Contas do Estado alegando que o edital não continha esclarecimentos suficientes sobre o funcionamento do sistema quando a cidade estiver servida por metrô.
O órgão chegou a suspender a concorrência, mas a prefeitura obteve uma liminar do Tribunal de Justiça para mantê-la.
O prefeito José Fortunati (PDT) anunciou a elaboração de um novo edital, com consulta ao Tribunal de Contas para evitar dúvidas jurídicas sobre a futura operação.