Banco Central: funcionário argumentou que a liberação de compulsórios é um passivo que não entra na conta da dívida bruta (Divulgação/Banco Central)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 12h22.
Brasília - O aumento da dívida bruta de 57,7% do PIB em agosto para 58,5% em setembro foi sensibilizado pela liberação de compulsórios e a emissão de títulos públicos. A explicação foi dada nesta terça-feira pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel.
Ele argumentou que a liberação de compulsórios é um passivo que não entra na conta da dívida bruta. Já as operações compromissadas, usadas para esterilizar essa liberação, enxugando o mercado, entram na conta.
Retomada
Maciel avaliou, porém, que a retomada da atividade já pode ser sentida nos números da Receita Federal e que, se não houvesse uma melhora das receitas, o resultado do superávit fiscal em setembro teria sido "ainda menos favorável".
Em setembro, o superávit primário consolidado ficou em R$ 1,591 bilhão, o pior resultado para o mês desde 2009. "A arrecadação, que vinha com dados muito ruins, em agosto já veio praticamente neutra e, em setembro, já mostrou crescimento acentuado ante setembro do ano passado. Isso é reflexo da retomada da atividade", argumentou.